Indução e uso de mutações in vivo e in vitro no melhoramento do Crysanthemum morifolium Ram

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1993
Autor(a) principal: Latado, Rodrigo Rocha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20220208-032802/
Resumo: Visando a avaliação do uso da indução de mutações, in vivo e in vitro, em duas variedades de crisântemo, realizou-se este trabalho objetivando: a) A obtenção de mutantes de crisântemo, variedades Repin rosa e Tinsel branco , quanto a cor e forma das flores, usando-se a indução de mutações in vivo com raios gama, associada à técnica de podas repetidas; b) Determinar uma metodologia de obtenção de gemas adventícias in vitro, através de pedicelos de botões florais, para a variedade 'Repin rosa' e a sua utilização em indução de mutações; c) Comparar os métodos de melhoramento por indução de mutações in vivo e in vitro, para uma série de fatores, tais como: facilidade de condução e eficiência do método, em termos de número total de mutantes, número de mutantes desejáveis e espectro de mutação. Para atender ao primeiro objetivo foi realizado um teste de radiossensitividade a raios gama, com a intenção de escolher, para o trabalho, as doses deste mutagênico. O parâmetro escolhido para avaliar a sensitividade e também a dose a ser utilizada no trabalho, foi a redução na altura das plantas. Através da irradiação de mudas enraizadas, foram selecionados, dentre outros, apenas três mutantes de cor de flor, da variedade Repin rosa, que apresentavam características desejáveis e foram então levadas ao teste de estabilidade e produtividade. Apenas os mutantes de cor, branco e rosa escuro foram aprovadas neste teste e já estão sendo comercializadas com os nomes de Cristiane e Ingrid, respectivamente. A variedade Tinsel branco não apresentou mutantes de valor comercial. Para atender ao segundo objetivo, foram realizados três experimentos, nos laboratórios do CENA (Centro de Energia Nuclear na Agricultura). O meio em que se obteve melhores níveis de regeneração de gemas adventícias in vitro, da variedade Repin rosa, partindo-se de pedicelos, foi o meio composto de sais e vitaminas do meio MS, adicionado de 1 g.L-1 de caseína hidrolizada e 30 g.L-1 de sacarose, suplementado com 0,5 mg.L-1 de ácido indolilacético (IAA) e 2,0 mg.L-1 de 6-benzil aminopurina (BAP). O meio escolhido para ser utilizado no desenvolvimento e enraizamento das mudas in vitro desta variedade, foi basicamente o mesmo, apenas sem a presença de reguladores de crescimento. O terceiro experimento avaliou alguns métodos de readaptação das plantas ao meio ambiente, através do método escolhido obteve-se uma média de 80% de mudas adaptadas. Com relação ao terceiro objetivo, concluiu-se que o método in vivo, produziu um maior espectro de mutantes de cor de flor, do que o método in vitro, com a obtenção de 11 variações de cores. A frequência de aparecimento de mutantes foi semelhante nos dois métodos, ao redor de 6,0%. No presente trabalho observou-se que os dois métodos apresentaram dificuldades e facilidades de condução, mas o método in vivo apresentou uma maior eficiência em produzir mutantes de cor de flor, com valor comercial.