Características e classificação de uma toposseqüência de solos da região de Jequitaí Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1979
Autor(a) principal: Moreira, Giza Nara Castellini
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20220207-203323/
Resumo: Foram estudadas características morfológicas, físicas e químicas de quatro perfis de solos localizados em uma seqüência catenária da região de Jequitaí, Estado de Minas Gerais. O perfil 1, um Latossolo Vermelho-Amarelo Álico A moderado textura média (Typic Haplorthox), está localizado na superfície mais antiga; o perfil 2, um Podzólico Vermelho-Amarelo Álico latossólico plíntico (Plinthic Paleustult), está localizado em uma superfície mais baixa que a anterior; o perfil 3, uma Laterita Hidromórfica Álica argila de atividade baixa A moderado textura siltosa/argilosa (Oxic Plinthaquult), único de drenagem imperfeita na toposseqüência, localizado na várzea e, finalmente, o perfil 4, um Brunizem Avermelhado textura média (Udic Paleustoll), o mais jovem da catena, localizado em uma pestana próxima ao rio São Francisco. Os dados evidenciaram que existe uma relação entre os solos e a posição no relevo, sendo que os solos mais intemperizados (perfis 1 e 2) estão localizados no terraço mais elevado, enquanto os menos intemperizados (perfis 3 e 4) se localizam no terraço de várzea. Conseqüentemente, o horizonte óxico ocorre na superfície mais antiga, e o argílico nas superfícies mais recentes. A ocorrência do horizonte argílico no perfil 4, em material holocênico e próximo à margem do rio São Francisco, só poderia ser esclarecida mediante estudos geomorfológicos e pedológicos mais detalhados. Existe uma relação entre a classificação dos solos pelo sistema americano e a evolução dos solos; assim é que, partindo dos solos mais jovens para os mais antigos, a seqüência encontrada é: Mollissolo, Ultissolo, Oxissolo. No desenvolvimento dos trabalhos buscou-se averiguar as formas de ferro, alumínio e manganês usando cinco extratores: ataque sulfúrico, ditionito-citrato de sódio, ditionito-citrato-bicarbonato de sódio, oxalato ácido de amônio e pirofosfato de sódio. O ditionito-citrato-bicarbonato de sódio parece ser o melhor extrator para ferro e manganês, porém, quanto ao Oxissolo e ao Ultissolo situado na superfície geomórfica contigua, uma só extração não foi suficiente para retirar todos os óxidos livres presentes. O ditionito-citrato de sódio foi de um modo geral mais eficiente na extração dos óxidos livres de alumínio. Usou-se este extrator para avaliar as razões de atividade tanto do alumínio quanto do ferro porque, embora os teores absolutos deste último elemento possam ser menores, o ditionito-citrato parece fornecer, neste trabalho, dados relativos mais válidos quanto à distribuição dos óxidos livres na toposseqüência. Verificou-se que embora os teores de ferro complexado pela matéria orgânica sofram a influência tanto da idade do solo quanto da drenagem, as razões de atividade do ferro podem ser usadas como um índice de intemperismo. O alumínio organo-complexado acusa, mais fortemente que o ferro, a influência da drenagem e idade do solo. A grande contribuição da fração amorfa no total de óxidos livres sob ambiente redutor impede que a razão de atividade do alumínio seja considerada um índice de intemperismo. Sob ambiente redutor, o manganês se comporta de modo oposto ao ferro e ao alumínio, apresentando teores mínimos de óxidos livres. No solo mais jovem, está totalmente contido na fração amorfa. A partir deste solo em direção aos solos mais velhos, o ataque sulfúrico fornece valores de manganês superiores aos dos outros extratores.