O julgamento da expressividade do professor universitário de enfermagem ministrando aula

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Romano, Cristiane da Conceição
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-16112010-095645/
Resumo: A comunicação é um processo que se encontra internamente relacionado com a expressividade. Há profissionais que usam demasiadamente a comunicação e a expressividade, como é o caso do professor, que atua transmitindo informações as quais devem chegar de maneira efetiva aos seus alunos. O objetivo geral do estudo foi investigar a expressividade do professor universitário de enfermagem ministrando aula, por meio do julgamento dos alunos. Trata-se de estudo descritivo com abordagem quantitativa, realizado em uma instituição de ensino superior de enfermagem de uma universidade pública. Alunos matriculados (141) nos cursos de bacharelado e licenciatura de enfermagem, distribuídos em três turmas, realizaram a avaliação da expressividade de um professor da instituição, sendo que este possuía experiência profissional, estava em atividade regular e não era conhecido por este alunado. A avaliação da expressividade foi realizada por meio de seis minutos de filmagem de uma aula ministrada por esse professor. Esta mesma filmagem foi avaliada por três experts fonoaudiólogos, especialistas em voz e experientes em expressividade. A pesquisa contou com quatro fases (preparo dos instrumentos, no qual foi utilizado protocolo de avaliação fonoaudiológica e instrumento para os alunos; questionário para avaliação do aluno, adaptado segundo o protocolo de avaliação fonoaudiológica; avaliação da confiabilidade deste protocolo por três experts fonoaudiólogos; filmagem do professor participante a ser avaliado). O resultado mostrou que os experts apresentaram, praticamente, poucas discordâncias entre si em relação à avaliação da expressividade do professor, pois são especialistas e possuem experiência profissional em radio e televisão. Quanto à identificação da expressividade do professor segundo a avaliação de alunos e dos experts, em relação aos elementos: tipo de voz, pitch, esforço vocal, loudness, articulação, expressão facial, gestos e postura corporal, os resultados mostraram que as alternativas escolhidas pela maioria dos alunos foram significativamente maiores que as demais e concordantes com a maioria dos experts. Os elementos \"ênfase\", \"demonstra experiência\" e \"o que chamou atenção no vídeo\" não foram possíveis de comparação, porque não houve equivalência entre os instrumentos utilizados para a avaliação dos experts e dos alunos. O item \"pausa na fala\" não apresentou significância estatística entre a avaliação das respostas dos alunos, quando comparadas aos experts. Quanto às diferenças de avaliações entre as três turmas entre si, estas apresentaram poucas divergências entre elas. Conclui-se que o julgamento do aluno sobre as habilidades expressivas do professor de enfermagem é compatível com a avaliação dos experts fonoaudiólogos, mostrando que os alunos da universidade pública são mais que meros espectadores e pessoas capazes de avaliar, com propriedade, o professor.