Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Jacquemin, Roberta Cury de Paula |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59137/tde-10072013-161031/
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Resumo: |
Acompanhando tendência mundial de aprimoramento dos instrumentos de avaliação psicológica, é possível observar, no contexto brasileiro, esforços de diversos pesquisadores em busca da qualidade e adequado uso dessas técnicas. Dentre os métodos pesquisados e bastante utilizados no Brasil e no mundo encontra-se o Psicodiagnóstico de Rorschach que, apesar de constituir importante técnica de avaliação da personalidade, ainda exige investigações científicas na realidade brasileira, de modo a oferecer o adequado suporte para sua utilização clínica em diferentes contextos. Dificuldades são encontradas, sobretudo, no tocante aos referenciais normativos para interpretação dos indicadores técnicos, em especial na investigação do desenvolvimento infanto-juvenil. Nesse contexto, o presente estudo objetivou elaborar padrões normativos do Método de Rorschach (Escola Francesa) em adolescentes de 12 a 14 anos de idade, de ambos os gêneros, de forma a oferecer referenciais técnicos para subsidiar processos analítico-interpretativos deste instrumento projetivo para a referida faixa etária, na realidade sociocultural contemporânea. Para tanto, avaliou-se amostra de 174 estudantes de escolas públicas e particulares da cidade de Ribeirão Preto, interior do Estado de São Paulo (SP). Os adolescentes foram examinados, individualmente, por questionário de histórico pessoal (respondido por seus pais e/ou responsáveis), pelo Teste de Inteligência Não Verbal (INV forma C) e pelo Psicodiagnóstico de Rorschach (Escola Francesa). Os dois primeiros instrumentos serviram como critérios de seleção dos participantes, de modo a compor amostra de adolescentes com indícios de desenvolvimento típico. Cada protocolo do Rorschach coletado foi codificado por três juízes independentes, com posterior análise da concordância entre avaliadores. Foram examinados resultados dos adolescentes em 56 variáveis da Escola Francesa do Rorschach em termos descritivos (média, desvio-padrão, mediana, valores mínimo, máximo) e inferenciais, utilizando-se do método de regressão linear e distribuição binomial, a depender da variável analisada, a fim de verificar possíveis influências do gênero, idade e origem escolar na produção. Um quadro geral dos atuais referenciais normativos assinalou os seguintes índices médios: a) produtividade e de ritmo: R=21,3 respostas; TLm=17,6 segundos e TRm=29,6 segundos; b) modos de apreensão: G=25,7%, D=45,7%, Dd=27,3% e Dbl=1,3%; c) determinantes e índices formais: F%=45,2% e F+ext% = 65,5%; d) estilo de vivência afetiva predominante: extratensivo; e) conteúdos predominantes: A=53,8% e H=22,7%; f) Ban=14,8%. A análise do possível efeito das variáveis gênero, idade e procedência escolar sobre a produção do Rorschach na amostra examinada apontou diferenças estatisticamente significativas em reduzido número de variáveis deste método projetivo, permitindo formulação de padrões normativos globais e atlas único para os adolescentes de 12 a 14 anos, de ambos os gêneros, provenientes do ensino público e privado do interior do Estado de São Paulo, cumprindo-se os objetivos aqui delineados, possibilitando aprimoramento em processos analítico-interpretativos deste método projetivo na realidade brasileira contemporânea. (CAPES) |