Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Lucci, Tania Kiehl |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-13062019-154250/
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Resumo: |
Há décadas discute-se a importância da qualidade da interação mãe-bebê para um desenvolvimento saudável. Estudos têm demonstrado que prejuízos na interação mãe-filhote podem resultar em danos hormonais e comportamentais, além de desregulação emocional em diversos mamíferos. Estes dados sugerem adaptação evolutiva de mecanismos neurofisiológicos que mantém altos os níveis de comportamentos pró-sociais. Estudos com humanos evidenciaram que desde o nascimento, bebês apresentam habilidades que permitem a comunicação inicial por meio do olhar, voz, expressão facial, gestos e toque. O objetivo da Tese de Doutorado foi aprofundar conhecimento sobre a interação inicial por meio do estudo dos comportamentos da mãe e do recém-nascido imediatamente após o parto, em situação naturalística, e investigar a influência de procedimentos hospitalares, condições emocionais e sociais maternas, e das características físicas do bebê, além de averiguar as concentrações hormonais de cortisol e DHEA-s. Este estudo foi realizado em parceria com o Hospital Universitário da Universidade de São Paulo para a gravação de vídeos dos primeiros minutos de vida de 120 recém-nascidos e suas mães. A codificação do comportamento dos bebês considerou: choro, atividade motora, acalmar-se e permanecer de olhos abertos e, para a mãe, olhar para o bebê, falar com ele, tocá-lo de forma afetuosa e sorrir. A frequência dos comportamentos foi transformada em variáveis ordinais com base nos valores dos quartis. Regressões ordinais foram usadas com o intuito de prever a influência das variáveis de interesse na frequência dos comportamentos da díade. Adicionalmente, análises de variância foram usadas para investigar as concentrações hormonais de cortisol e DHEA-s em função das condições emocionais maternas e da frequência dos comportamentos. Os resultados apontaram contribuição importante dos procedimentos hospitalares em promover a interação inicial. Bebês nascidos de parto normal tiveram maior chance de apresentar atividade motora em comparação aos de parto fórceps e ao contrário do esperado os bebês que foram colocados em contato pele a pele com a mãe apresentaram menor chance de chorar em comparação aos que receberam este contato físico. A influência das condições emocionais maternas sobre os comportamentos justificou maior atenção e investimento no bem-estar das gestantes: piores condições emocionais foram preditores de maior frequência de choro do recém-nascido e mulheres que relataram conflito com o pai do bebê apresentaram menor chance de olhar e falar com o bebê. Os resultados apontaram diferenças relativas ao sexo, logo ao nascer: bebês do sexo masculino tiveram mais chance de chorar em relação aos de sexo feminino. As mães, por sua vez, mostraram mais chance de acariciar e falar com os bebês do sexo masculino. Maior concentração de cortisol foi observada em bebês filhos de mães em piores condições emocionais, sugerindo influência hormonal durante a gestação. Estes resultados evidenciaram o papel ativo dos indivíduos desde os primeiros momentos de vida e lançaram luz sobre as complexas interações que influenciam sua trajetória de desenvolvimento desde o nascimento, e possivelmente antes. Assistência à mãe, desde a gestação, salientou-se como ferramenta essencial para a saúde física e psicológica do indivíduo |