Efeitos da suplementação de creatina na massa óssea, função e força musculares e na composição corporal de mulheres pós-menopausadas com osteopenia: um estudo clínico, randomizado, controlado por placebo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Sales, Lucas Peixoto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5140/tde-22082019-094019/
Resumo: Introdução: A suplementação de creatina pode ser uma intervenção dietética de baixo custo, segura e eficaz para combater a perda óssea. O objetivo deste estudo foi investigar se a suplementação de creatina a longo prazo pode impactar beneficamente a saúde óssea em mulheres pós-menopausadas com osteopenia. Métodos: Um estudo clínico, randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, foi conduzido entre novembro de 2011 e dezembro de 2017 em São Paulo, Brasil. Duzentas mulheres pós-menopausadas com osteopenia foram alocadas aleatoriamente para receber creatina monohidrato (3 g/dia) ou placebo (3 g/dia dextrose) durante 2 anos. No início do estudo e após 12 e 24 meses, foram avaliadas a densidade mineral óssea areal (DMO-DXA; desfecho primário), massa magra e gorda (DXA), parâmetros laboratoriais e marcadores ósseos, função física e força. No período inicial e 24 meses foram avaliados os parâmetros de densidade mineral óssea volumétrica (vBMD) e de microarquitetura óssea de rádio e tíbia distal (HR-pQCT). O número de quedas e fraturas foram avaliados apenas ao final do estudo. Possíveis efeitos adversos foram autorrelatados. Resultados: A DMO de coluna lombar (p < 0,001), colo do fêmur (p < 0,001) e do fêmur total (p = 0,032) diminuiu ao longo do tempo; no entanto, nenhum efeito de interação foi observado (todos p > 0,05). Com relação aos marcadores ósseos, parâmetros de microarquitetura óssea, número de quedas e fraturas, não se observou alteração significativa com a suplementação de creatina (p > 0,05). Massa magra e massa muscular esquelética apendicular demonstraram-se aumentadas ao longo da intervenção (p < 0,001), sem efeito aditivo da creatina (p = 0,73 e p = 0,40, respectivamente). A creatina também não afetou os parâmetros laboratoriais relacionados à saúde. Conclusão: Dois anos de suplementação de creatina não impactaram a saúde óssea de mulheres pós-menopausadas com osteopenia, tampouco a massa magra ou a função muscular dessa população. Isto refuta a noção de que este suplemento dietético isolado possui propriedades osteogênicas ou anabólicas em longo prazo