História e cultura no ensino-aprendizagem do francês língua estrangeira em contexto universitário: contribuições para o desenvolvimento da autonomia e do senso crítico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Afonso, Liz Helena Gouveia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8146/tde-08032017-141159/
Resumo: Em nossa pesquisa partimos da hipótese de que o ensino de uma língua estrangeira no caso, o francês por meio da abordagem de seus aspectos históricoculturais, insumo tido como interessante e atual (ABDALLAH-PRETCEILLE, 1996), promoveria uma aprendizagem inserida no contexto da língua-alvo, facilitando o desenvolvimento da competência comunicativa e da autonomia do aluno e do professor para a gestão do processo como um todo. Ao mesmo tempo, ao traçar um paralelo com a história-cultura da língua materna dos alunos, nós como professora-pesquisadora objetivamos levá-los a repensar a história do seu próprio país, parte integrante da construção de sua identidade como ator social, aspecto que necessariamente aflorará durante a comunicação. Poder compreender a língua e a história do Outro e poder falar sobre sua própria são referências que podem facilitar ao aluno o desenvolvimento da competência sociolinguística e do saber-aprender. A pesquisa realizada, do tipo pesquisa ação, consistiu na elaboração e administração de um curso piloto de FLE, apoiado no cinema e na arte. O tema, previamente negociado com os alunos, foi a Torre Eiffel, abrangendo o período da Belle Époque francesa e utilizando como base para a construção do curso as teorias de Krashen (1982), do pós-método (KUMARAVADIVELU, 2003), da plausibilidade e tarefas (PRABHU, 1990) e a filosofia da pedagogia da autonomia de Freire (2016). Apoiamo-nos também na psicologia social de Gardner (1985), enfatizando o papel das atitudes na aprendizagem e as teorias da autodeterminação de Ryan e Deci (2000) entre outros autores pesquisados. Os dados considerados para a análise e discussão dos resultados compreenderam as tarefas realizadas, a avaliação formal do curso pelos alunos e as observações da pesquisadora. Os resultados obtidos indicam que história e cultura, por meio de filmes e de arte, são temas envolventes e motivadores que despertam a emoção e permitem trabalhar a língua para a comunicação. São também temas instigantes que demandam autonomia dos alunos e do professor para trabalhar o FLE dentro de uma postura crítica, sem descuidar dos aspectos linguísticos. No entanto, exige um aperfeiçoamento docente contínuo. Constatamos, por meio da produção dos alunos, que a autonomia e a motivação se mantêm após as aulas. Concluímos o estudo levantando novas hipóteses para pesquisas adicionais.