Ecoalfabetização: Hortas e áreas verdes como incentivadores de aprendizagem sistêmica e significativa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Moura, Lidiane de Melo Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/97/97138/tde-29042022-113441/
Resumo: Para reconfigurar uma ação pedagógica, na dimensão da aprendizagem sistêmica é fundamental que pesquisadores e educadores engajem-se em processos mútuos de aprender e ensinar; de surpreender-se com o novo e compreender. MESSINA; RICHTER, 2010, p.9 afirmam que a ecoalfabetização é a educação que tem uma proposta pautada na satisfação das necessidades humanas sem prejudicar as próximas gerações, iniciando pela compreensão dos princípios básicos que regem a vida na Terra. Considerar esse princípio como protagonismo é viabilizar a construção do processo de conscientização na perspectiva da aprendizagem sistêmica. É preciso tempo e espaço para que educadores/pesquisadores e participantes sejam mestres e aprendizes. Muitos são os estudantes que não conseguem identificar a relação entre o que estudam e o seu cotidiano. No presente trabalho de pesquisa são apresentadas algumas investigações sobre como incentivar a cultura da Ciência por meio de hortas e áreas verdes, transformando-as em laboratórios vivos. Defendemos, em linhas gerais, a proposta de uma aprendizagem sistêmica sob o olhar da teoria da aprendizagem significativa proposta por Ausubel. Apresentamos o processo de ensino por meio da aplicação de ferramentas ecoalfabetizadoras. Neste conceito a escola é um sistema colaborativo entre educador-aprendiz por meio de uma liderança compartilhada entre suas interações, movidos pelos seis princípios que teiam essa ligação: Interdependência, ciclagem, parceria, cooperação, flexibilidade e diversidade. O trabalho de pesquisa foi desenvolvimento em uma instituição no município de Taubaté, SP. Com crianças e adolescentes em risco de vulnerabilidade social, com idades entre 06 a 15 anos. Analisamos a relação educador-aluno, educador-meio, e aluno-meio. Ao final discutimos algumas implicações dessa proposta para a pesquisa e prática educacional. Utilizamos como metodologia a modalidade de pesquisa-ação, buscando provocar rupturas e tensões na consciência ingênua, criando possibilidades de contrapontos construtivos na direção de consciência crítica reflexiva. Embora seja exploratória e não imune de muitos desafios, proporciona uma compreensão ampla das interações e conexões existentes entre o processo de ensino e aprendizagem e o ecossistema, oferecendo incentivo para uma prática docente mais plena e satisfatória. Como produtos finais da dissertação de mestrado, foram criadas a Cartilha Pedagógica Educativa - Ecoalfabetização e a Cartilha Pedagógica Educativa Metodologia para criação de hortas e áreas verdes na forma de Mandalas, visando a sistematização e geração de contribuições fundamentadas em princípios científicos para apoiar os educadores e alunos, criando condições para a reflexão e a discussão quanto à utilização e à implantação de uma aprendizagem sistêmica e significativa por meio de ferramentas ecoalfabetizadoras, enfatizando a cultura da Ciência e da sustentabilidade.