Avaliação da doença periodontal e do risco de síndrome de apneia obstrutiva do sono, em pacientes obesos de grau III

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Rojas, Lida Velazque
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25144/tde-14042015-104019/
Resumo: A doença periodontal está se tornando altamente prevalente em todo o mundo. A Síndrome de Apneia obstrutiva do Sono (SAOS) é definida por episódios de obstrução das vias aéreas superiores, durante o sono. Este estudo analítico transversal tem como objetivo verificar a presença de doença periodontal e o risco de SAOS em pacientes obesos de grau III. Além de relacionar as medidas antropométricas ao risco de SAOS. A amostra foi composta por 108 indivíduos na faixa de 30 a 60 anos, de ambos os gêneros, referidos a clinica de pós-graduação da Faculdade de Odontologia de Bauru-Universidade de São Paulo. Foram aferidas as medidas antropométricas. O questionário de Berlin (QB) e a escala de sonolência de Epworth (ESE) foram aplicados para determinar o risco de SAOS. Avaliou-se a condição periodontal de boca toda, quanto à profundidade de sondagem, nível de inserção clínica, índice de sangramento gengival e cálculo. Na análise estatística foram utilizados coeficiente de Correlação de Spearman, testes t de Student e Quiquadrado, e regressão logística multivariada (p<0,050). Os resultados mostraram que 97,2% dos pacientes apresentavam doença periodontal (85,19% periodontite e 60,19% gengivite), o 81,48% dos pacientes tinham alto risco de SAOS, 46,30% sonolência diurna excessiva (SDE), e foram positivos para o QB e a ESE 41,47%. Dos pacientes com doença periodontal, o 82,86% apresentava alto risco de SAOS (QB) e o 45,71% apresentou SDE. A circunferência de cintura (CCi), circunferência cervical (CC) e o percentual previsto de circunferência cervical (PPCC) foram correlacionados ao risco de SAOS (p=0,029; p=0,015; p=0,014, respectivamente). A sonolência diurna se relacionou com a CC (p=0,002) e PPCC (p=0,002). Não houve associação da doença periodontal e o risco de SAOS. Periodontite-ESE (OR=1,84; IC=0,54-6,26), periodontite-QB (OR=0,87; IC=0,10-7,84), gengivite-ESE (OR=1,25; IC=0,48-3,25), gengivite-QB (OR=0,23; IC=0,03-1,84). No entanto, o ronco foi positivamente associado com a gengivite (OR=1,84; IC=0,54-6,26). Este estudo mostrou que a doença periodontal não esteve associada com o risco de SAOS, em nenhuma de suas condições. As medidas antropométricas de CC e PPCC estiveram fortemente associadas ao risco de SAOS.