Tolerância e intolerância religiosa: sua percepção e vivência em espaços e práticas do espiritismo kardecista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Ribeiro Filho, Sebastião Antunes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8161/tde-20022019-140944/
Resumo: Tolerâncias e intolerâncias acontecem em qualquer âmbito do convívio social, principalmente no religioso. A presente dissertação aborda uma aproximação ao tema, nos ambientes (centros espíritas) de prática religiosa do espiritismo kardecista. Essa tarefa começa por volta de 2013, quando ainda persistiam e já se avolumavam consideravelmente as situações de intolerância religiosa neste tão múltiplo religioso Brasil, e começa a se consolidar a partir de 2015. Busco explicitar o que é o espiritismo kardecista, sua chegada ao Brasil, como se instala, o surgimento dos primeiros locais de cultos, a sua disseminação, a sua criminalização e a sua luta para se legitimar como religião na sociedade brasileira. Isto feito, apresento a noção do que seja tolerância ou intolerância em sentido lato, restringindo-se, entretanto, ao entendimento no âmbito das Ciências Sociais. Noções e conceitos estabelecidos, descrevo o ambiente de prática, ou seja, a instituição espírita, sua filiação ao órgão representativo, seus ritos, orientações e recomendações. Realizando pesquisas prévias em três centros espíritas para a verificação da existência das intolerâncias e, em seguida, entrevistas com colaboradores desses centros espíritas onde, de maneira mais próxima, tento observar se o discurso da tolerância se confirma na prática. O que se verifica ao final, é a existência de ambas: tolerância e intolerância coexistindo nos centros espíritas, não como forças antagônicas, mas como uma particularidade individual dos estados vivenciais, onde o esforço próprio dos colaboradores voluntários parece ser um dos caminhos que podem ser utilizados no sentido de reduzir, ou até mesmo eliminar, as intolerâncias externas e internas. Ao espírita kardecista cabe a responsabilidade e a disposição para demonstrar se isso é possível ou não, neste seu ambiente.