Ecos tradicionais nos catálogos de heróis abatidos da Ilíada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Villa, Danilo de Sousa Tolentino
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8143/tde-11042019-174851/
Resumo: presente trabalho tem como objetivo compreender as cenas típicas de heróis caídos em sequência na Ilíada, tendo por base as revisões mais recentes da Teoria Oral cuja ênfase é na tradicionalidade dos poemas homéricos e em sua recepção. Em particular, cotejou-se a estrutura dessa cena típica com a dos catálogos épicos, seguindo a análise estabalecida pelo artigo seminal de Beye (1964). Um dos resultados mais influentes de seu artigo é a demonstração de que a estrutura do Catálogo das Naus e da cena típica dos heróis tombados é a mesma, razão pela qual costuma-se falar de um \"catálogo de mortos\" na Ilíada. Porém, uma discussão da noção de catálogo na poesia épica e se é realmente possível classificar todas as sequências de guerreiros derrotados como tal ainda não foi realizada. Para atingir esse objetivo, esta dissertação fez uso dos recentes desenvolvimentos da Teoria Oral, responsáveis por renovar a interpretação dos catálogos homéricos pelo viés da performance e da oralidade através de múltiplas abordagens. Assim, catálogos podem ser considerados grandes feitos de memória que causam admiração no público, ou como recursos que auxiliam o aedo no ato da composição, ou até mesmo como o princípio unificador de toda a poética homérica. Aplicou-se cada uma dessas abordagens com o objetivo de responder em que medida é possível falar de um catálogo de mortos na Ilíada.