Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Sousa, Moizeis Sobreira de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8156/tde-01102014-150424/
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Resumo: |
O romance tem sido perpassado e indelevelmente marcado pelo signo da instabilidade, traço que se estende do arcabouço teórico ao engendramento e manifestação dessa forma. Não obstante essa compleição móvel, a crítica e historiografia literárias têm sedimentado o equívoco de totalizar o romance realista, mais especificamente aquele fixado na França e Inglaterra entre os séculos XVIII e XIX, como modelo acabado. No âmbito do espaço cultural português, essa abordagem tem gerado inúmeros equívocos, já que a história do romance não se processa no lado oeste da Península Ibérica como na Inglaterra, onde o surgimento de estruturas sociais tributárias do individualismo, o capitalismo industrial e a ética protestante repercutem na forma como os suportes ficcionais são forjados. Também não se desenrola tal como na França, onde os processos históricos resultantes da Revolução Francesa consolidam o estiolamento do Ancien Régime e fomentam as bases de uma matriz cultural calcada na mundividência burguês-liberal. A aplicação dessa abordagem impossibilita considerar as questões específicas e os caracteres que o romance adquire no processo de elaboração estética das contingências inerentes ao espaço cultural lusitano. Além disso, traz como consequência ignorar a produção romancística portuguesa do século XVIII, tida como inexistente, uma vez que não corresponde ao modelo referido. Essa ideia, no entanto, revela-se sem fundamento. Não só existem romancistas portugueses nesse período, como eles exercem influências sobre os escritores conterrâneos que se ocupam dessa forma no século XIX, como comprovam diversos romances de Camilo Castelo Branco, responsáveis pela recuperação de diversas narrativas pátrias setecentistas |