Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Barata, Germana Fernandes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-25112010-102319/
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Resumo: |
A escolha dos meios em que se vai comunicar a ciência é uma importante estratégia para progredir na carreira científica ou, simplesmente, garantir o cumprimento da demanda cotidiana. Publicar em periódicos considerados de melhor qualidade e visibilidade tem sido uma exigência cada vez mais comum entre cientistas, sobretudo da área de ciências biomédicas e exatas. A comunicação da ciência nestes quase 350 anos, desde a criação dos primeiros periódicos, ganhou dimensão, prestígio e influência. Nesse cenário, Nature e Science, periódicos centenários e multidisciplinares, estão entre as publicações de maior prestígio na academia mundial. Esta tese de doutorado busca entender a mudança de papel dos periódicos científicos, desde a primeira metade do século XX, e o histórico das contribuições brasileiras para a ciência mundial. Um levantamento sobre tais contribuições foi realizado, por meio de busca no banco de dados internacional Web of Science, totalizando 370 contribuições na Nature (1937- 2009) e 254 contribuições na Science (1936-2009). Também foram realizadas entrevistas com 16 cientistas que publicaram nesses periódicos para entender suas escolhas e os impactos pessoais e profissionais de suas contribuições. À estratégia para difundir e compartilhar informações para a construção da ciência somou-se o marketing científico a priorizar veículos, autores, instituições, áreas do conhecimento, temas, visões, paradigmas. Nature e Science são representantes ativos e paradigmáticos desse novo ciclo da comunicação e da própria percepção sobre a construção da ciência. Suas páginas sugerem um desenvolvimento da ciência feito em saltos qualitativos e revolucionários, o que contribui para uma visão parcialmente deturpada sobre a construção da ciência e, inclusive, para uma percepção distorcida dos próprios cientistas sobre suas colaborações para a ciência mundial, que passam da prioridade do envolvimento intelectual, para a visibilidade e os resultados cientométricos. |