Estimação da elasticidade de P&D no Brasil: uma abordagem de fatores comuns não-observados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Alcantara, Rafael Campello de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/96/96131/tde-15092020-151118/
Resumo: A existência de spillovers de conhecimento, choques de produtividade e relações entre setores econômicos justifica a presença de fatores comuns não-observados no contexto da estimação de funções de produção. Este trabalho tem por objetivo estimar a elasticidade de P&D, controlando a presença de fatores comuns não-observados. Utilizando dados das indústrias extrativa e de transformação no Brasil, a elasticidade de P&D foi estimada aplicando o estimador augmented mean group (AMG) de Eberhardt e Teal (2010), que considera explicitamente um modelo de fatores comuns. A elasticidade de P&D obtida pelo AMG foi de 0.014. Porém, tal estimativa não foi estatisticamente significante. A comparação com outros estimadores que não controlam a presença de fatores comuns indica que ignorar esta propriedade causa um viés positivo na estimativa da elasticidade de P&D. Este resultado aponta para a dificuldade de separar o retorno de gastos em P&D do efeito de spillovers e outros choques econômicos. Adicionalmente, os resultados do AMG foram utilizados para calcular a produtividade total dos fatores (PTF) dos setores como proposto por Eberhardt e Teal (2010). A PTF apresenta uma evolução temporal que vai de acordo com outras estimativas da PTF no Brasil, apontando para a qualidade das estimativas do AMG. Além disso, a PTF apresenta uma evolução próxima à das variáveis utilizadas. Isso indica uma possível relação de cointegração entre a PTF, não-observada, e as variáveis da função de produção. Finalmente, altos níveis e taxas de crescimento da PTF estão positivamente associados à orientação exportadora dos setores e à alta intensidade tecnológica.