Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Schmuziger, Tatiana Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5177/tde-13022025-171230/
|
Resumo: |
Introdução: o aneurisma da aorta abdominal (AAA) é uma doença com prevalência importante e de alta morbimortalidade, sendo responsável por 0,95% do total de óbitos do Estado de São Paulo. Devido ao alto índice de mortalidade do AAA roto, é consenso a indicação de tratamento cirúrgico a depender do diâmetro máximo (DiamMax) da dilatação. Atualmente, existe a opção do reparo cirúrgico aberto e da correção endovascular. A decisão de qual a melhor técnica depende das condições clínicas do paciente e das características anatômicas do AAA. A técnica endovascular é relativamente nova e o constante desenvolvimento de novos dispositivos possibilita o uso da técnica em AAA com características anatômicas que, no início, impossibilitavam o tratamento endovascular. Entretanto, ainda é possível observar índices elevados de complicação após uso da técnica, sendo a principal complicação a presença de vazamentos, implicando maior necessidade de reintervenções. Diversos estudos objetivam desenvolver métodos acessíveis para predizer quais pacientes teriam maior risco de evoluir com complicações no pós-operatório da correção endovascular. Há evidências de que caraterísticas anatômicas do AAA analisadas por meio da tomografia computadorizada pré-operatória poderiam predizer quais seriam esses pacientes. Objetivos: correlacionar as variáveis morfológicas dos AAA, por meio do Anatomic Severity Grading Score (escore ASG) com as complicações intraoperatórias e pós-operatórias da correção endovascular destas dilatações. Correlacionar as variáveis clínicas dos pacientes com AAA com as complicações intra e pós-operatórias da correção endovascular; Métodos: trata-se de um estudo retrospectivo com 106 indivíduos com diagnóstico de AAAIR, que foram submetidos a correção cirúrgica por técnica endovascular. Foram realizadas análises de suas tomografias pré-operatórias e coletados dados intraoperatórios e de seguimento a curto e longo prazo. As angiotomografias foram analisadas por meio do programa PRAEVAorta e foram obtidas medidas de diâmetro, extensão, volume de cálcio e trombo do colo proximal, do saco aneurismático e das artérias ilíacas. Após a reconstrução tridimensional, foram obtidas medidas de ângulo e tortuosidade do AAA. Com as medidas obtidas, foi calculado o escore ASG (Anatomic Severity Grading Score) e o subescore ASG vazamento. Os pacientes foram seguidos por um período médio de 43,1 meses. Resultados: correlacionando as medidas obtidas por análise da tomografia pré-operatória com os dados intraoperatórios da correção cirúrgica endovascular de AAA e do seguimento pós operatório a longo prazo, constatou-se maior escore ASG entre pacientes que necessitaram do uso de extensões distais (p < 0,001), que evoluíram com complicações intraoperatórias (19,78 vs. 17,45; p=0,003), que necessitaram de procedimentos adjuntos no mesmo tempo operatório (20,06 vs.17,73; p = 0,008), que apresentaram vazamento tipo 1 intraoperatório ou no pós operatório imediato (21,36 vs.17,91; p = 0,004), que necessitaram de reinternação relacionada à prótese durante o seguimento a médio e longo prazo (20,0 vs.17,46; p = 0,014), e que evoluíram a óbito devido ao AAA (20,32 vs.17,82; p = 0,010). Constatou-se maior subescore ASG vazamento entre pacientes que necessitaram do uso de extensões distais (12,88 vs.9,19; p < 0,001) e que apresentaram maior ocorrência de vazamento tipo 1 intraoperatório ou no pós-operatório imediato (14,55 vs.10,82; p = 0,005). Foi possível observar a associação positiva e linear com significância estatística (P < 0,05) entre: escore ASG e número de próteses utilizadas, escore ASG e número de extensões distais utilizadas, escore ASG e tempo de cirurgia e escore ASG e tempo de anestesia. O escore ASG não apresentou correlação estatisticamente significante com a ocorrência de vazamento no seguimento a longo prazo. Conclusões: a análise de características anatômicas do AAA pela tomografia computadorizada pré-operatória pode identificar pacientes com maior risco perioperatório de determinadas complicações, auxiliando o cirurgião na decisão entre técnica aberta e endovascular e no planejamento minucioso da técnica endovascular a ser empregada para minimizar os riscos intraoperatórios e durante o seguimento a longo prazo, além de identificar quais pacientes devem permanecer sob vigilância mais intensiva, otimizando recursos |