Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Constantin, Bruno Donega |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5177/tde-14092023-165843/
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Resumo: |
Introdução: diversos estudos buscam compreender como aspectos geométricos específicos de aneurismas da aorta abdominal (AAA), como assimetrias, irregularidades parietais, tortuosidades, entre outros, podem influenciar na evolução dos aneurismas, como, acelerar a dilatação e até determinar a rotura destes AAA. Atualmente, o critério para indicação de tratamento cirúrgico dos aneurismas da aorta abdominal é baseado principalmente no diâmetro transverso máximo, entretanto, este não se mostra perfeitamente acurado. Neste contexto, sabe-se que o conhecimento das propriedades biomecânicas intrínsecas da parede aneurismática, por meio de testes destrutivos biomecânicos uniaxiais, pode contribuir neste campo de estudo. Objetivo: correlacionar medidas geométricas (unidimensional, bidimensional e tridimensional) de imagens tomográficas pré-operatórias de AAA, com medidas biomecânicas de fragmentos da parede anterior destes AAA obtidas em correções cirúrgicas abertas dos aneurismas. Métodos: trata-se de um estudo retrospectivo com 47 indivíduos com diagnóstico de AAA, que foram operados por cirurgia aberta, nos quais realizou-se a extração de um fragmento da parede anterior aneurismática de cada indivíduo, sendo que, estes fragmentos foram submetidos a testes destrutivos biomecânicos uniaxiais para a obtenção dos seguintes dados biomecânicos: força máxima aplicada, tensão de falência, estresse de falência, energia de deformação e deformação no momento da falência, além da medida da espessura dos fragmentos. Nestes mesmos pacientes foram realizadas análises de tomografias pré-operatórias com extração de 26 índices geométricos subdivididos em: 9 índices unidimensionais, 6 índices bidimensionais e 11 índices tridimensionais. Os dados foram submetidos a análise estatística no programa SPSS versão 28.0.1. Resultados: a espessura dos fragmentos dos AAA rotos foi mais fina do que nos AAA não rotos (p < 0,05). Comparando índices geométricos tomográficos e parâmetros biomecânicos dos fragmentos aórticos, pelo coeficiente de Pearson, foram encontradas correlações positivas e lineares, com significância estatística (p < 0,05) entre: força máxima aplicada versus diâmetro máximo dos AAA (r = 0,408); força máxima aplicada versus razão diâmetro/altura do AAA (r = 0,360); tensão de falência versus diâmetro máximo do AAA (r = 0,372); tensão de falência versus razão diâmetro/altura do AAA (r =0,354); estresse de falência versus diâmetro máximo do AAA (r = 0,360); estresse de falência versus razão diâmetro/altura do AAA (r = 0,289). Foi observado que as variáveis geométricas diâmetro máximo e razão diâmetro/altura do AAA são correlacionadas. Pela análise de regressão simples observou-se que o R2 variou entre 8,3% e 16,7% e todos os modelos mostraram-se significativos (p < 0,05). Dividindo a amostra entre AAA rotos e não rotos, não se observou diferença estatística entre os parâmetros biomecânicos e geométricos. Conclusões: o diâmetro máximo dos AAA e a variável geométrica razão diâmetro/altura do AAA foram linearmente e positivamente correlacionadas com parâmetros de resistência (força máxima, tensão de falência e estresse de falência) de fragmentos da parede anterior dos AAA. Não houve correlações entre os demais índices geométricos (unidimensionais, bidimensionais e tridimensionais) e os parâmetros biomecânicos localizados na parede anterior dos AAA |