Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Teixeira, Dâmaris Campos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47135/tde-15122022-102003/
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Resumo: |
O estilo de vida moderno demanda altos desempenhos no trabalho e inteira disponibilidade dos sujeitos, impactando na qualidade de vida das pessoas. Nesse sentido, a fadiga surge como um dos sintomas sociais da precarização e de novas formas de trabalho, como um custo para se ter tudo ao seu dispor na Sociedade 24/7. Trabalhadores e trabalhadoras em contexto sociotécnico complexo, como no controle de tráfego aéreo, devem ser capazes de responder às demandas contínuas de alta carga de trabalho mental. A fadiga mental resultante de tais excessos pode diminuir a capacidade cognitiva, deixando vulnerável a segurança do espaço aéreo. Além disso, estressores frequentes, como a possibilidade de incidentes e acidentes, expõem o(a) profissional ao adoecimento. No sentido de prevenir o adoecimento ocupacional e assegurar a segurança operacional, há de se mitigar a fadiga, aumentando, assim, a qualidade de vida no trabalho do(a)s profissionais. Este trabalho apresenta os dados de um estudo que visa levantar informações sobre a fadiga mental e a qualidade de vida no trabalho de controladores e controladoras de tráfego aéreo. O protocolo experimental teve aprovação do Comitê de Ética para Pesquisas em Humanos da EACH/USP (parecer no 4.528.981). O estudo foi constituído de duas etapas. A amostra da primeira etapa é composta de 23 profissionais de controle de tráfego aéreo, os quais foram avaliados ao início e término de um turno vespertino de trabalho. Foram utilizados a escala de fadiga de Samn-Perelli, o questionário de qualidade de vida no trabalho (QWLQ-bref) e o questionário para identificação de indivíduos matutinos e vespertinos (HO). O desempenho motor foi avaliado por meio de dispositivo capaz de obter os tempos para realização de diferentes etapas de uma tarefa. A segunda etapa do estudo teve uma amostra de 18 profissionais, separados em grupos controle e experimental. Os dados foram coletados a partir do teste motor para ambos os grupos, além do treinamento cognitivo de memória operacional (Cogmed) e entrevista semiestruturada para o grupo experimental. Os resultados quantitativos apontaram que ao final do turno, a percepção de fadiga foi maior que no início e as respostas motoras foram mais lentas. Porém, não houve correlação entre a qualidade de vida no trabalho, fadiga e cronotipo. Porém, o(a) participantes mais experientes apresentaram menor qualidade de vida no trabalho. Não foram observadas diferenças na percepção da fadiga e no desempenho motor entre os grupos experimental e controle. Por fim, os dados qualitativos, de maneira geral, apontaram que a profissão traz uma identidade para tais profissionais. A qualidade de vida no trabalho foi positivamente afetada pelo contexto operacional causado pela pandemia de COVID-19, ressaltando um caráter contraditório da profissão no quesito jornada de trabalho. Todavia, o uso do treinamento Cogmed, além de ter sido considerado insatisfatório pelos profissionais, demonstrou o caráter do imperativo do desempenho da Sociedade 24/7 |