Resumo: |
Estudou-se a aplicabilidade de um padrão cefalométrico norte-americano em pacientes brasileiros submetidos à cirurgia ortognática, por meio da comparação dos traçados cefalométricos pós-tratamento ortodôntico-cirúrgico de 29 pacientes (14 homens e 15 mulheres), que passaram por cirurgia de maxila e mandíbula, com ou sem mentoplastia, com o padrão cefalométrico utilizado como orientação para o planejamento dos casos. Os traçados foram gerados pelo programa Dolphin Imaging 9.0 a partir de telerradiografias em norma lateral digitalizadas, nas quais foram marcados 48 pontos de referência dentários, ósseos e de tecidos moles. Dessa forma, obteve-se 26 grandezas cefalométricas lineares e angulares para posterior comparação com os valores normativos norte-americanos, considerando-se o dimorfismo sexual e as eventuais modificações feitas no planejamento em virtude das necessidades individuais de cada caso e das possíveis diferenças étnico-raciais. Os dados da amostra foram confrontados com o padrão individualmente de maneira descritiva e em conjunto, por meio da comparação das médias e desvios-padrão com o teste \"t\" de Student. Os resultados mostraram que para os homens as médias da amostra foram significantemente diferentes do padrão em apenas cinco das grandezas estudadas, enquanto que para as mulheres, nove apresentaram diferença estatisticamente significativa. No entanto, apesar da similaridade das médias na maioria das medidas em ambos os gêneros, os dados mostraram grandes variações individuais. A análise dos resultados obtidos sugere que o padrão cefalométrico norte-americano estudado é aplicável como referência para o planejamento de casos ortodôntico-cirúrgicos de pacientes brasileiros desde que se atente às variações individuais, caracterizando o planejamento de acordo com as necessidades de cada paciente. |
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