Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Santos, Diego Elias dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-06122017-144552/
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Resumo: |
Na presente dissertação, efetuamos um estudo de cunho teórico metodológico sobre parte da trajetória do pensamento de Michel Foucault. O objetivo do trabalho é dar a ver de que formas o filósofo francês aborda o problema da ética, entendida não como fundamento universalmente válido e legítimo para a ação moral, mas como processos históricos de modificação do éthos do sujeito em relação à verdade. Foucault trata diretamente da ética na Antiguidade greco-romana em seus últimos trabalhos na década de 1980. Contudo, acreditamos que a ética não se limita a uma tematização imediatamente localizável em sua obra, mas envolve também os próprios procedimentos metodológicos empregados pelo pensador ao longo de suas investigações. Selecionamos como corpus documental seus treze cursos ministrados no Collège de France, entre os anos de 1970 e 1984, por se tratarem de ocasiões privilegiadas que nos permitem visualizar os deslocamentos que caracterizam seus questionamentos filosóficos. Para adentrar domínios tão amplos, elegemos o curso Subjetividade e verdade, de 1981, como um núcleo irradiador de problematização na leitura de tal material. No intuito de compor a ambiência desses estudos, acionamos ainda as entrevistas compiladas nos Dits et écrits. A noção de vida também nos vale como um campo de atravessamento dos cursos do pensador. Assim, ao percorrermos eixos centrais de problematização, tais como as tecnologias de subjetivação, as artes de existência, a espiritualidade, a parresía e a vida filosófica, é possível evidenciar um modo de fazer filosófico, um gesto de pensamento, que prescinde de toda autoria e de toda marcação identitária, esforçando-se constantemente em ultrapassar-se a si mesmo. Acreditamos ser essa a força ética que marca o pensamento de Michel Foucault, capaz de impactar estudos tanto no campo educacional quanto em outros campos do conhecimento. |