A epifania digital dos chats - escritura e subjetivação cibercultural

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Bastos, Marco Toledo de Assis
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27142/tde-17032008-142208/
Resumo: A presente dissertação tem por objeto de análise os chats, as salas de bate-papo da Internet, de uma maneira algo diferenciada. Não se trata de cercar o objeto, mas de tentar alguma conversa com ele, de acompanhá-lo pelos bits afora. Grosso modo, este trabalho se divide em três partes principais ou capítulos. O primeiro capítulo trata de pôr a nu a relação entre pesquisador e objeto, e parte de sua composição encontra-se redigida em primeira pessoa. A idéia é mostrar como o objeto se apresenta ao pesquisador. Ou, reformulando em termos teóricos, como o sujeito (categoria que não usaremos neste trabalho) pode se comportar frente às investidas furtivas do objeto. O excerto final deste capítulo, Modus Operandi, trata da questão metodológica que guiará todo o texto ora apresentado. O segundo capítulo, onde as questões da subjetividade estão muito presentes, trata de mapear as mínimas unidades da cibercultura, seus personagens-bolha, e seu particular nomadismo na construção e desconstrução da tessitura social. Guerra, Controle, Terrorismo, são muitas as formas que a comunicação cibercultural toma e que não encontra uma tradução precisa antes da sociedade em rede. Isso quer dizer que as relações de poder também estão redesenhadas. Os dois últimos excertos deste capítulo procuram trabalhar como essas modalidades estranhas da comunicação espectral são vividas na contemporaneidade: como funcionam essas máquinas de subjetividade. O terceiro e último capítulo prende-se majoritariamente à questão da escritura do medium. Trata-se de discutir uma vez mais, embora por outro veio, como essas unidades compõem o texto imaterial da vida em rede. O debate sobre a linguagem, a imaginação e a sedução de um texto que já é em si mesmo uma imagem é parte de uma discussão que a teoria da comunicação não pode mais se furtar. Não bastaria discutir apenas como uma nova subjetividade é gerada por essas modalidades comunicacionais, também é preciso identificar como tais modalidades criam toda uma nova lógica comunicacional, como o ciclo se fecha e, assim, cria realidade.