Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Bassan, Meire Menezes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-14092012-153121/
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Resumo: |
Embora o Brasil ocupe a primeira posição no ranking mundial de produção de lima ácida Tahiti, somente 6,6% desta produção é exportada. Tal aspecto deve-se, parcialmente, às perdas provocadas por danos pós-colheita, as quais estão distribuídas ao longo da cadeia de comercialização da fruta, desde a colheita até o consumidor final. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi determinar os efeitos dos métodos de colheita e das etapas de beneficiamento pós-colheita de lima ácida Tahiti na sua qualidade e conservação. Para atingir este objetivo, foram realizados três experimentos. No primeiro, avaliaram-se os métodos de colheita com a tesoura, por torção, com o cesto e com o gancho, nos períodos de safra e entressafra. No segundo experimento, foram avaliados os mesmos métodos de colheita, para frutas de lima ácida Tahiti destinadas a exportação, as quais após a colheita passaram pelo processo de beneficiamento pós-colheita. No terceiro experimento, avaliou-se o efeito das etapas do beneficiamento pós-colheita na qualidade e conservação da lima ácida Tahiti. Nos três experimentos foram realizadas análises físicas, químicas e sensoriais ao longo do armazenamento a 22ºC±2 e 70±5 de umidade relativa. Nos experimentos envolvendo a avaliação dos métodos de colheita constatou-se que a colheita com o gancho foi a que mais prejudicou os atributos de qualidade da lima ácida Tahiti independentemente de terem sido beneficiadas. Este método causou maior redução da coloração verde da casca das frutas, maior degradação do ácido ascórbico, maior perda de massa, maior incidência de distúrbios fisiológicos e maior alteração do sabor do suco quando comparado aos outros métodos. A quantidade de frutos aptos para exportação foi 23% menor para a colheita com o gancho quando comparado com a tesoura. Tais resultados estão diretamente relacionados com a quantidade de injúrias mecânicas causadas nos frutos no método de colheita com gancho. No experimento com as etapas do beneficiamento póscolheita observou-se que as limas ácidas Tahiti que passaram pelo beneficiamento completo apresentaram maior redução do conteúdo de ácido ascórbico, maior perda de massa, maior incidência de oleocelose, menor quantidade de frutos comercializáveis e maior alteração do aroma e sabor do suco quando comparado aos frutos que não passaram por todas as etapas do beneficiamento. Tais resultados podem ser relacionados ao fato do processo de beneficiamento aplicado nas limas ácidas Tahiti conter etapas consideradas agressivas aos frutos, impedindo que os demais procedimentos tenham resultado eficiente. A avaliação dos distintos métodos de colheita permitiu identificar a colheita com a tesoura como mais eficiente na conservação dos atributos de qualidade da lima ácida Tahiti e também como o método que apresentou maior rendimento de frutas com padrão de qualidade exigido para exportação. O método de colheita com o gancho causa danos físicos aos frutos e prejudica seus atributos de qualidade de forma irreversível. Os procedimentos de beneficiamento pós-colheita das limas ácidas Tahiti têm sua eficiência reduzida quando aplicados em frutos que sofreram danos físicos. |