Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Silva, Joyce Pinheiro da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-09012020-115031/
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Resumo: |
Introdução: A ocorrência de processos fonológicos é a principal característica do Transtorno Fonológico. Dentre os processos fonológicos mais observados neste transtorno está o de Ensurdecimento de Fricativa, no qual as consoantes fricativas vozeadas são produzidas de forma desvozeada. A produção e manutenção do vozeamento das consoantes fricativas é complexa, principalmente considerando o controle dos movimentos laríngeos e ajustes aerodinâmicos necessários para que isso ocorra. Além disso, as estratégias utilizadas por crianças com e sem Transtorno Fonológico na produção de fricativas vozeadas são pouco conhecidas, sendo importante o desenvolvimento de estudos que contribuam com informações que facilitem a intervenção fonoaudiológica voltada à produção e manutenção do vozeamento de fricativas. Objetivo: Descrever o desempenho das crianças com desenvolvimento típico e com TF (com e sem o Ensurdecimento de Fricativa) quanto ao desempenho fonológico, taxa articulatória (TA) e medidas aerodinâmicas (FAOR, FFR) e de EGG (QAA) dos sons fricativos vozeados /v/, /z/ e /Z/. Método: Participaram 40 crianças de 72 a 95 meses sendo 21 do grupo controle, 7 do grupo com Transtorno Fonológico não, e 12 do grupo com Transtorno Fonológico produtivo em relação ao Ensurdecimento de Fricativa. Foram aplicadas as provas de Fonologia do Teste de Linguagem Infantil ABFW nas Áreas de Fonologia, Vocabulário, Fluência e Pragmática, para as quais foram calculados os índices de gravidade PCC e PCC-R, o protocolo de TA para o qual foi calculado o número de fones/segundos tanto para a sentença curta como a longa, e os protocolos de Fluxo Aéreo Oral e EGG, com extração das medidas FAOR, FFR, Weak Voicing e QAA. Resultados: Os grupos com Transtorno Fonológico não se diferiram quanto ao número de processos fonológicos e índices de gravidade. O grupo controle obteve maiores valores de fones/ segundos na TA, das duas sentenças, em relação aos grupos com Transtorno Fonológico Porém, na sentença curta o grupo com Transtorno Fonológico e Ensurdecimento de Fricativa produtivo obteve maior número de fones/segundos que o grupo com Transtorno Fonológico e Ensurdecimento de Fricativa não produtivo. Na sentença longa não houve diferença entre os dois grupos com Transtorno Fonológico. Quanto às medidas QAA e FAOR não houve diferença significativa entre os grupos. Os grupos diferiram entre si na medida FFR, sendo que o grupo com Transtorno Fonológico e EF apresentou os menores valores desta medida. Houve maior ocorrência de Weak Voicing nas fricativas /z/ e /Z/, porém não houve diferença na distribuição dos valores de Weak Voicing entre os grupos. Conclusão: O estudo realizado indicou que a presença do processo fonológico Ensurdecimento de Fricativa não influenciou na gravidade do Transtorno Fonológico. A produção e manutenção do vozeamento das fricativas demanda diversos ajustes motores e aerodinâmicos, destacando-se as dificuldades relativas ao movimento de abaixamento laríngeo apresentado pelas crianças com Transtorno Fonológico na produção das fricativas e que mostraram evidências de sua influência na ocorrência do Ensurdecimento de Fricativa |