Discurso, leitura e produção textual: uma análise discursiva da escrita de pré-universitários

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Brito, Luiz André Neves de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-08012013-161935/
Resumo: Este trabalho de doutorado é o resultado de uma pesquisa em análise do discurso que teve como foco analisar textos produzidos em uma situação de avaliação específica, mais precisamente, redações produzidas no Concurso Vestibular 2007 da Universidade de São Paulo. O corpus da pesquisa foi constituído por 346 redações produzidas por candidatos aprovados em primeira chamada. O objetivo foi tocar na realidade viva dessas redações: analisar a interação que há entre leitura e produção textual. Para mostrarmos essa interação leitura/escrita nos interstícios da produção textual de préuniversitários, partimos dos pressupostos de que linguagem e instituição estão constantemente imbricadas e de que falamos com as palavras dos outros para construirmos nossos discursos. A heterogeneidade enunciativa se mostra uma marcar importante para observarmos o funcionamento dessa interação leitura/escrita nos interstícios dessa prática discursiva. Para abordarmos essa questão, os pressupostos teóricos que norteiam o estudo se baseiam, sobretudo, nas reflexões propostas por Pêcheux, Maingueneau e Authier-Revuz. Este trabalho ainda se propõe a analisar o funcionamento do gênero redação no vestibular. Para tal, pautamo-nos das considerações de Bakhtin e de Maingueneau. A análise das redações nos revelou: (i) como as atividades de leitura e produção textual não são atividades estanques em si, mas que estão em constante interação; (ii) como a atividade de leitura inscrita nos interstícios da produção textual é uma prática social que não se limitam aos muros da escola.