Análise estratigráfica do Siluro-Devoniano (Formações Furnas e Ponta Grossa) da Sub-Bacia de Apucarana, Bacia do Paraná, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1999
Autor(a) principal: Bergamaschi, Sérgio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44136/tde-18112015-101431/
Resumo: O registro Siluro-Devoniano da sub-bacia de Apucarana, Bacia do Paraná (formações Furnas e Ponta Grossa), é constituído por seis sequências deposicionais de 3ª ordem. A sequência A, de presumida idade pridoliana a eo-lochkoviana, compreende os depósitos da Formação Furnas. Nela são reconhecidos depósitos marinho-rasos de antepraia e transicionais (deltaicos e estuarinos), cuja sucessão marca um ciclo transgressivo-regressivo que configura os tratos de sistemas transgressivo e de mar alto. A sequência B (?neolochkoviana a emsiana) assenta-se sobre a superfície transgressiva que limita as formações Furnas e Ponta Grossa, sendo constituída por depósitos marinho-rasos de costa-afora e de shoreface inferior, acumulados sob influência dominante de processos de tempestade. A superfície de inundação máxima desta sequência, formada próximo ao limite Praquiano/Emsiano, apresenta valores máximos de COT em torno de 1,7% e teores relativamente baixos de Zn e Mn, indicativos de condições de anoxia neste intervalo. As sequências C (neo-eifeliana-eo-emsiana), D (eifelianao), E (neo-efeliana-neo-givetiana) tem em comum o fato de apresentarem uma base constituída por corpos arenosos de shoreface. Estes corpos se depositaram em resposta à regressões forçadas que deslocavam a linha de costa grandes distâncias bacia a dentro. Formaram-se, desse modo, os limites inferiores de tais sequências que truncam pelitos de plataforma da sequência anterior. A sequência F (frasniana) é constituída por depósitos marinho-rasos de plataforma externa, que exibem uma tendência regressiva em direção ao topo. Em termos de ciclos de 2ª ordem, os depósitos da formações Furnas e Ponta Grossa são agrupados dentro de um mesma sequência deposicional. Os depósitos da Formação Furnas constituem o registro do trato de sistemas de mar baixo, enquanto que aqueles depósitos da Formação Ponta Grossa situados abaixo da superfície de inundação máxima da sequência, idade neo-givetiana/frasniana, constituem um espesso trato de sistemas transgressivo. Os depósitos regressivos frasnianos, situados acima da superfície de inundação máxima, constituem o trato de sistemas de mar alto. O limite abrupto entre as formações Furnas e Ponta Grossa representa uma superfície transgressiva no ciclo de 2ª ordem, formada presumivelmente próxima ao limite Lochkoviano/Praguiano.