Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Souza, Larissa Estessi de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5151/tde-28112024-131526/
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Resumo: |
Introdução: A síndrome de Down (SD) é uma desordem genética do cromossomo 21 que acarreta deficiência intelectual. Os indivíduos com SD possuem um alto risco de desenvolvimento de Doença de Alzheimer (DA), que é uma doença neurodegenerativa, caracterizada pela formação de placas beta-amiloide e emaranhados neurofibrilares. A expectativa de vida das pessoas com SD tem aumentado nas últimas décadas, fazendo do envelhecimento uma nova e importante área de estudo na SD. A imagem de tomografia por emissão de pósitrons (PET) é um método sensível que detecta alterações fisiológicas, permitindo o estudo de processos moleculares in vivo e de forma não invasiva, sendo uma ferramenta importante no entendimento do processo de envelhecimento. Objetivo: Avaliar as alterações moleculares (ativação glial, metabolismo cerebral e alterações em substância branca) associadas ao envelhecimento, e o papel do tratamento com microdoses de carbonato de lítio, em modelo murino de síndrome de Down (camundongos Ts65Dn) por imagem PET. Métodos: Animais Ts65Dn foram avaliados nas idades de 2, 5, 14, 20 e 24 meses de idade através de imagens PET para avaliar conteúdo de mielina (com o radiofármaco [11C]PIB), neuroinflamação (com [11C]PK11195) e metabolismo de glicose ([18F]FDG). Testes de comportamento (campo aberto e reconhecimento de objetos) e análise de imuno-histoquímica também foram realizados neste estudo. Um grupo foi tratado com carbonato de lítio, utilizando uma microdose de 0,25 mg/kg dissolvido em água e avaliado nas mesmas idades que os animais não tratados. Resultados: Os testes de comportamento mostraram hiperatividade dos animais trissômicos nos primeiros meses de vida, a qual foi reduzida nos animais tratados com lítio. Na memória de curto prazo foi observado que os animais trissômicos apresentam um desempenho inferior nos primeiros meses de vida, já na memória de longo prazo, o desempenho se mostrou significativamente inferior aos 24 meses de idade. O tratamento com lítio não alterou os resultados de memória. Nas imagens de PET, os animais (trissômicos e euploides) apresentaram um aumento de captação [11C]PIB de dois para cinco meses indicando um provável aumento da mielina nos encéfalos destes animais, já os animais em tratamento com lítio apresentaram uma captação menor nas idades de 5 e 14 meses. Um aumento de captação de [11C]PK11195 foi detectado aos 5 e 14 meses nos animais trissômicos e euploides, porém, nos animais trissômicos tratados com lítio a captação diminui. Com o [18F]FDG também foi observado um aumento de captação aos 14 meses, corroborando com os dados observados nas imagens de [11C]PK11195 e diminuição aos 24 meses. Os ensaios de imunohistoquímica comprovaram que os aumentos de captação de [11C]PK11195 e de [18F]FDG estão ligados a um processo inflamatório. Conclusão: A imagem PET com diferentes radiofármacos foi capaz de monitorar diferenças moleculares durante o envelhecimento da linhagem Ts65Dn, como a mielinização em idade jovem, seguido de um processo de neuroinflamação e diminuição de metabolismo cerebral. Os resultados do tratamento com lítio se mostraram promissores para utilização em síndrome de Down |