Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Chiquito, Elisandra de Almeida |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/91/91131/tde-28092015-114737/
|
Resumo: |
A tribo Oryzomyini abriga 34 dos 86 gêneros sigmodontíneos e apresenta ampla distribuição geográfica, ocorrendo em diversos habitats desde a Terra do Fogo ao sudeste dos Estados Unidos; com representantes cursoriais, arborícolas ou ainda semi-aquáticos, e com diferentes hábitos alimentares, variando de onívoros a insetívoros. Estudos sistemáticos nessa tribo têm sido desenvolvidos com base em dados de morfologia, morfometria, informações citogenéticas e moleculares, o que vêm contribuindo para o reconhecimento de novos táxons. No entanto, a última revisão taxonômica publicada para o gênero Nectomys data da década de 1940, na qual foi reconhecida apenas uma espécie com diversas subespécies, o que aumentou substancialmente a quantidade de nomes associados ao gênero. Diante disso, o cerne desse estudo foi testar a hipótese levantada por Hershkovitz de que Nectomys é representado por apenas uma espécie com ampla distribuição geográfica pela América do Sul. Para testar essa hipótese, reuni informações acerca dos táxons nominais e empreguei análises de variação geográfica com base na metodologia de transectos, tendo como unidades geográficas as bacias hidrográficas da América do Sul. Para isso, apliquei análises univariadas e multivariadas para dados quantitativos, e frequência de caracteres para dados qualitativos. Os resultados apontaram que o gênero Nectomys é composto por oito entidades, assim nomeadas e distribuídas: N. apicalis, encosta oriental da Cordilheira dos Andes do sul do Peru até o norte da Colômbia, no extremo oeste do Estado do Amazonas, no Brasil; N. magdalenae, ao longo do vale do rio Magdalena e ao norte do vale do rio Cauca, no oeste da Colômbia; N. palmipes, Trinidad e Tobago e nordeste da Venezuela; N. rattus, porção norte e central do Brasil, ao norte da bacia do rio Paraná e a oeste do rio São Francisco, Guiana, Suriname, Guiana Francesa, Venezuela (exceto Península de Paria), e rios Ucayali e Huallaga no Peru; N. saturatus, Ibarra, Equador; N. squamipes, Floresta Atlântica, desde Pernambuco até o Rio Grande do Sul, nos Estados de Minas Gerais e na porção leste do Mato Grosso do Sul, Paraguai e na Província de Misiones, na Argentina; Nectomys sp. A, noroeste da Bolívia, encosta oriental da Cordilheira do Andes; e Nectomys sp. B., Amazônia ocidental, nos rios Purus, Juruá e Javari. As análises que conduzi me permitiram estabelecer que a variação morfológica e citogenética não é aleatória: encontrei descontinuidades nítidas entre amostras ao longo da geografia, e com base no conceito de espécie por mim adotado, estabeleço que estas entidades representam oito espécies distintas. |