Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Antedomenico, Lucas Camargo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11152/tde-09052024-074045/
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Resumo: |
Aproximadamente 79% das emissões globais de GEE vieram dos setores de energia, indústria, transporte, agricultura, silvicultura e outros usos do solo (AFOLU) em 2019. Mesmo assim, em decorrência da segurança alimentar, o setor primário sofre pressões para aumentar a eficiência na cadeia produtiva por meio de etapas sustentáveis, as quais incluem menor emissão de GEE e, quando possível, a remoção dos gases CO2, CH4 e N2O da atmosfera. A irrigação é uma alternativa capaz de inserir carbono no solo através do aumento de produtividade, garantindo maior rentabilidade, melhora nos índices de químico-físicos do solo e diminuição da pegada de carbono. Todavia, experimentos para avaliação do carbono orgânico podem levar até 20 anos, inviabilizando o processo analítico. Isso promove o uso de modelos de simulação para estudar o comportamento passado e/ou futuro do estoque de carbono no solo. Desta forma, este trabalho objetivou simular a taxa de acúmulo de carbono no solo em diferentes lâminas de cultivo de soja irrigada no município de São Desidério-BA via modelo CROPGRO-SOYBEAN do Decision Support System for Agrotechnology Transfer (DSSAT). Foram selecionados dois pontos amostrais no município e cinco tratamentos de soja irrigada no período de 20 anos de cultivo (2000 até 2019) para avaliação, ano a ano, do balanço de carbono anual (BCS) e taxa anual de acúmulo de carbono no solo (TA). Os tratamentos foram (1) soja sequeiro, (2) soja irrigada com a aplicação de água de 45% da evapotranspiração de cultura, (3) soja irrigada com aplicação de 75% da evapotranspiração de cultura, (4) soja irrigada com aplicação de 100% da evapotranspiração de cultura e (5) soja irrigada com aplicação de 110% da evapotranspiração de cultura. Os experimentos foram simulados sob sistema de irrigação pivô central e submetidos as etapas: cálculo do balanço hídrico sequencial climatológico e de irrigação para obtenção das lâminas, cálculo de produtividade (Y) no programa DSSAT, cálculo de BCS e TA pelo uso da metodologia Verra VM0042. Os resultados foram comparados pelo teste ANOVA e Tukey, ambos a 5% de significância. Como resultado, observou-se que os tratamentos 1 e 2 (SI e 45%ETC) não diferiram em produtividade e taxa de acúmulo de carbono no solo entre si, demonstrando manutenção e queda de C no estoque inicial do solo para o CAR1 e CAR2, respectivamente. Os tratamentos 3 e 4 (75%ETC e 100%ETC) também não diferiram entre si e resultaram em acúmulo de C no solo para ambas as localidades. O tratamento 5 (110%ETC) diferiu de todos os demais, acusando a maior taxa de acúmulo de C para as duas coordenadas. Pode-se afirmar que o sistema de produção da soja realizado na maior parte da região do oeste baiano não garante a sustentabilidade da matéria orgânica, podendo contribuir com sua remoção e, consequentemente, com o aumento do efeito estufa, todavia análise entre tratamentos demonstrou o uso de irrigação é capaz de incrementar o C do solo se assegurado que as lâminas sejam aplicadas a partir de 75% da necessidade de água potencial da cultura (75%ETC). |