Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Morita, Carolina Akemi Martins |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18142/tde-12042013-135953/
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Resumo: |
Este trabalho tem a intenção de compreender a maneira como se realizava a construção do espaço no que este implica a noção de participação - nos percursos de Sérgio Ferro e Hélio Oiticica durante a década de 1960, através da análise de suas obras - escritos e propostas artísticas/ arquitetônicas à luz de seus interlocutores teóricos. Sérgio Ferro e Hélio Oiticica de certa maneira diferenciavam-se dos movimentos predominantes no período, seja pelo tipo de abordagem política, pela aproximação ao popular, pela defesa da participação individual e coletiva, ou pelas relações propostas entre objeto e sujeito. O arquiteto, a partir de uma análise marxista, criticava o desenho moderno, a alienação e exploração na construção civil, e defendia o \"trabalho livre\" e criativo, a participação, o engajamento no canteiro de obras, enfim, a \"re-humanização\" do trabalho. Já o artista plástico propunha a antiarte como uma totalidade arte-vida-ação, a fim de alçar novos sentidos de espaço e de tempo, novas relações entre sujeito e objeto, e desencadear impactos sociais e políticos a partir de uma abordagem artística. Experimentação e participação apareciam articuladas em ambos os artistas como uma possibilidade de contestar uma realidade estabelecida e de gerar transformações. A relevância destes debates provém, então, do fato de representaram manifestações simbólicas perante a realidade vigente na década de 1960, que suscitaram novas questões e reflexões no âmbito da arte e arquitetura, e desencadearam ressonâncias sensíveis para a atualidade. Frente ao espaço organizado, harmônico e do comando, ao tempo abstrato e programado, à racionalidade do sujeito alienado e do objeto autônomo, Hélio Oiticica e Sérgio Ferro, cada qual a sua maneira, buscarão discutir maneiras de (re)apropriação do objeto, do espaço e do tempo pelo sujeito. É com base nestas discussões que nos aproximaremos de suas propostas. |