Diferenças na adesão ao tratamento da tuberculose em relação ao sexo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Queiroz, Raquel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Sex
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-29092008-152813/
Resumo: Introdução Aproximadamente 1/3 da população mundial está infectada pelo bacilo M. tuberculosis e a prevalência da infecção é maior entre os homens. As razões para as diferenças na epidemiologia da tuberculose e adesão ao tratamento em relação ao sexo são desconhecidas. Objetivos Verificar diferenças na adesão ao tratamento da tuberculose em relação ao sexo. Identificar aspectos facilitadores e dificultadores para a adesão ao tratamento da tuberculose em relação ao sexo. Analisar as crenças consideradas importantes para adesão ao tratamento da tuberculose. Metodologia Pesquisa quali-quantitativa, baseada na análise de conteúdo e com fundamentação teórica no Modelo de Crenças em Saúde. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas em 6 serviços de saúde do Distrito de Saúde da Freguesia do Ó/Brasilândia, com 28 pacientes em tratamento supervisionado de tuberculose, sendo 11 homens e 17 mulheres. Os dados quantitativos foram obtidos por meio do livro de Registro e Controle de Tratamento dos Casos de Tuberculose de cada serviço de saúde. Resultados Aqueles que falharam na adesão apresentaram o seguinte perfil: mulher, solteira e separada, com atividade remunerada não comprovada, com nível de escolaridade entre fundamental I completo e ensino médio completo; homem: casado, com atividade remunerada comprovada, nível de escolaridade entre ensino fundamental II completo e ensino médio completo. Os aspectos facilitadores encontrados para a boa adesão residem no bom atendimento dos profissionais de saúde e a percepção por parte do paciente na sua melhora de saúde. As crenças para a boa adesão ao tratamento no sexo masculino e feminino foram: bom atendimento do serviço de saúde e bom tratamento (em relação aos medicamentos). Conclusão Homens e mulheres não apresentam diferenças nas crenças de suscetibilidade. Nas crenças ligadas à seriedade percebida houve diferenças. As mulheres apresentaram medo de transmitir a doença aos filhos e associam a tuberculose ao HIV. Os homens possuem medo voltado às questões sexuais. Os benefícios mencionados foram o bom atendimento e bom tratamento. As barreiras para a adesão foram o diagnóstico errado, os efeitos colaterais e questões assistencialistas independente do sexo. As medidas sugeridas relacionam-se a necessidade de trabalhos voltados ao público masculino para que estes utilizem os serviços de saúde, principalmente o PSF, e assim, o diagnóstico precoce da tuberculose ocorra. Sugere-se treinamentos para todo os sistema de saúde para o diagnóstico da tuberculose. A realização de trabalho conjunto do sistema de saúde e educação é necessário para desfazer estigma da doença.