Crédito rural em condições de diferentes níveis tecnológicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1976
Autor(a) principal: Cardoso, João Luiz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20240301-151207/
Resumo: Este trabalho integra o “Projeto Milho”, fruto do convênio realizado entre a Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA). O principal objetivo é caracterizar o crédito rural em regiões de diferentes níveis tecnológicos e identificar alguns fatores que obstacularizam o uso do crédito. Assim, as amostras que abrangem agricultores usuários ou não do crédito contam com informações referentes a 47 propriedades da região “desenvolvida” e a 81 da “menos desenvolvida”. As características gerais das propriedades e as análises comparativas foram elaboradas com base no sistema “Statistical Package for the Social Sciences” (SPSS). Em seguida, selecionaram-se os mutuários de forma a se obter informações de 36 e 38 propriedades, respectivamente das regiões “desenvolvida” e “menos desenvolvida”. Na análise foram usados modelos econométricos dos tipos Ulveling-Fletcher e comparações com os tipos Cobb-Doublas e linear. Os resultados podem ser assim resumidos: 1) A região “desenvolvida” contava com maior número de usuários. 2) A distância do imóvel rural à instituição financeira e o nível de escolaridade do empresário não constituíram fatores condicionantes à utilização do crédito. 3) Os recursos financeiros atenderam, fundamentalmente, ao custeio agrícola. A maioria dos financiamentos provinha de agentes oficiais. 4) A função tipo Ulveling-Fletcher ajustada foi a que mais se adaptou ao presente estudo, comparativamente às funções dos tipos Cobb-Douglas e linear. 5) O capital sob a forma de terra e benfeitorias se revelou altamente importante ao explicar os montantes de crédito. 6) O capital sob a forma de máquinas e equipamentos está diretamente relacionado às explicações dos volumes de crédito na região “desenvolvida”. Na “menos desenvolvida” imperavam a tração animal e a “enxada”. 7) Justifica-se maior divulgação do Programa de Subsídios ao Preço dos Fertilizantes e do PROAGRO. 8) O efeito do número índice de rendimento da cultura de milho e do volume de produção sobre o montante de crédito é maior entre os agricultores que tradicionalmente têm utilizado o crédito de investimento. 9) A experiência do empresário na agricultura foi ponderável à obtenção de financiamentos na região “menos desenvolvida”, mas cedeu lugar ao patrimônio na “desenvolvida”. 10) Em geral, os agricultores não estão acostumados a diversificar suas fontes de crédito. Por outro lado, o agente financeiro tem interesse em manter sua clientela atual, por conhecer a atuação e capacidade de reembolso dos clientes, bem como a fim de restringir seus custos operacionais.