Produção familiar e crédito rural em Ibiporã - PR

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Martins, Geraldo Batista
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/10712
Resumo: Resumo: Estuda-se a produção familiar, e suas relações com o crédito rural, fundamentado em revisão bibliográfica e na realidade da região de abrangência das comunidades: Abóboras, Boa Esperança, Fartura, Guaraní e Três Figueiras, em Ibiporã no Norte do Paraná É uma pesquisa qualitativa fundamentada em entrevistas com 29 produtores familiares, de um conjunto de 19, que compõe 8% do total de estabelecimentos das comunidades Identifica-se a produção familiar, onde gestão, trabalho, meios de produção e terra, mantém com a família vínculos estreitos e o assalariamento é secundário Registra-se no território pesquisado, a predominância da atividade cafeeira até meados da década de 197, possibilitando o estabelecimento de muitos produtores familiares O café, de produção artesanal, ciclo vegetativo perene, demandador de grande quantidade de mão-de-obra, é substituído pela soja, uma monocultura de ciclo sazonal, cultivo mecanizado, que diminui as ocupações agrícolas, a demanda por força de trabalho e o número de estabelecimentos A oleaginosa se torna a principal cultura, atingindo a maioria dos produtores familiares Diferente da cafeicultura, cujo sistema de produção possibilita melhor aproveitamento e enriquecimento dos recursos internos aos estabelecimentos, a soja demanda intenso uso de insumos agrícolas, exigindo a cada novo ciclo, a necessidade de reposição de sementes, fertilizantes, agrotóxicos, combustível, além de inversões eventuais em máquinas, benfeitorias e outras tecnologias Aumenta-se a necessidade de adiantamento de capital, financiado pelo crédito rural Os produtores tornam-se consumidores de produtos industrializados e fornecedores de matéria prima e a agricultura, dependente e subordinada à indústria e aos bancos O Sistema Nacional de Crédito Rural - SNCR viabiliza a modernização da agricultura, financiando a adoção da base técnica, e garantindo um mercado permanente para os complexos agroindustriais, a montante e a jusante das unidades de produção agrícola Entre os entrevistados registra-se as seguintes estatísticas: 69% são sojicultores, e a cultura ocupa 67,5% destes estabelecimentos; 48,3% dos produtores são usuários do crédito rural; e 41,4% utilizam financiamentos para o custeio da soja Os rendeiros, os parceiros e os produtores menos estruturados, não acessam estes créditos, e buscam os recursos para a produção na iniciativa privada Os dados revelam a concentração dos financiamentos para a produção da commodity, e o caráter seletivo do crédito rural, refletindo a diferenciação interna destes produtores Verifica-se também, uma maior variedade de produção nos 32,5% de área remanescente não ocupada pela soja, destacando-se milho, trigo, café, olericultura, fruticultura, avicultura entre outras produções, comerciais, de subsistência e de preservação ambiental, não apoiadas pelo crédito rural, revelando o potencial e a resistência destas unidades de produção