Caracterização e beneficiamento da molibdenita da região de Campo Formoso - BA.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Braga, Paulo Fernando Almeida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3134/tde-26062014-215632/
Resumo: Neste trabalho foram abordados aspectos da cadeia do molibdênio e da molibdenita nos mercados internacional e nacional, mostrando as ocorrências e suas principais aplicações. Atualmente, no Brasil, a única opção de aproveitamento econômico desse bem mineral é o minério de molibdenita gerado como coproduto ou subproduto da mineração artesanal de esmeraldas, na região de Campo Formoso e Pindobaçu, BA. A caracterização tecnológica de minérios, produtos e do processo utilizado na recuperação da molibdenita de Campo Formoso mostrou que entraves de natureza tecnológica, com destaque relacionado ao concentrado produzido, geram produtos de baixo teor e, consequentemente, de pequeno valor econômico. Isto é devido, principalmente, à presença de outros minerais hidrofóbicos, como o talco, com propriedades físico-químicas semelhantes às da molibdenita e que são co-flotados no processo de beneficiamento. Detectado o problema, e após uma revisão bibliográfica sobre o assunto, realizou-se um estudo fundamental, em escala de laboratório, sobre a separação molibdenita/talco por flotação, com a utilização de diferentes depressores empregados, usualmente, em operações de tratamento de minérios. Dentre os depressores utilizados, a dextrina e o quebracho promoveram janelas de separabilidade entre os minerais molibdenita e talco de 63 e 68%, respectivamente. Os resultados alcançados nesses estudos fundamentais motivaram um aumento de escala, passando dos testes de microflotação em célula Partridge & Smith, para testes de flotação em bancada em célula Denver, com as dosagens dos reagentes calculadas em termos de gramas de reagente por tonelada de alimentação à flotação (concentrado de molibdenita). Na flotação em escala de bancada, os melhores resultados foram obtidos com uso da dextrina como depressor da molibdenita, na dosagem de 100 g/t, para um circuito com cinco etapas de limpeza, foi possível obter um concentrado de molibdenita com 93,4% de MoS2, o qual encontra-se dentro dos requisitos exigidos pelo comércio internacional.