O tratamento está andando? A repetição conjunta como Índice para estimar o progresso do tratamento psicanalítico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Rodrigues, Daniela Smid
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-03102022-122249/
Resumo: Nesta pesquisa, investigamos a possibilidade de estimar o andamento do tratamento psicanalítico através da noção de repetição conjunta, elaborada por nós. Traçamos um 8 caminho para pensar esta dificuldade que considera reflexões de Freud sobre a repetição, a transferência e a contratransferência e de Lacan sobre a repetição, a transferência, e o desejo e a resistência do analista. Propomos chamar de repetição conjunta um índice discursivo de que uma análise, apesar de sua continuidade empírica poder ocorrer, não progride do ponto de vista do sintoma ou da relação com a verdade. Pois se em uma análise atravessa-se o recordar, repetir e elaborar e o instante de ver, tempo para compreender e momento de concluir, é plausível pensar que ela, por algumas razões, possa ficar impossibilitada de avançar para a elaboração e para o momento de concluir e fique parada numa repetição conjunta entre paciente e analista. Nossa hipótese é de que uma vez detectado este índice de impossibilidade, há chances de que esta possa ser avaliada, seja para tão somente reconhecê-la, seja para tentar revertê-la em possibilidade e diminuir os riscos de iatrogenia ou de atrapalhar o andamento do tratamento. Nos utilizamos de quatro entrevistas realizadas com analistas freudianos e lacanianos, iniciantes e experientes, uma com cada uma dessas combinações. Submetemos as entrevistas à análise psicanalítica de discurso para, através dessa análise, recolher exemplos e operadores lógicos que apontam para essa percepção de estagnação do tratamento. Ao final pudemos argumentar que apesar de termos como apoio formativo o tripé análise pessoal, supervisão e estudo teórico , nem sempre teremos capacidade de discernir quando utilizar esses suportes, pois este juízo estará prejudicado pelo efeito da repetição, e nem sempre eles serão suficientes para auxílio na direção de um tratamento e este poderá ficar impossibilitado e em repetição conjunta, até que o analisando cesse o tratamento ou o analista possa dar tratamento adequado para a impossibilidade percebida, a fim de tentar revertê-la