Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Marins, Lidiane Vieira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5144/tde-25102019-172406/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: O Colangiocarcinoma (CC) é uma neoplasia em que subtipos histológicos necessitam de melhor caracterização fenotípica e molecular. OBJETIVOS: Caracterizar CCs a partir da morfologia, perfil de expressão de mucinas e o status do oncogene HER2/c-erbB-2. MÉTODOS: Foram incluídos 56 pacientes com diagnóstico de CC, operados no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo entre 1992 e 2009. CCs foram classificados em subgrupos baseados no fenótipo da célula neoplásica: CC convencional (CCC), colangiolocarcinoma (CLC), carcinoma de células intermediárias (CaCI) e variantes histológicas menos comuns. Dados sobre idade, sexo, tamanho, localização na árvore biliar, padrão macroscópico, grau de diferenciação tumoral e evidências de doença hepática subjacente foram coletados. Estudo imuno-histoquímico foi realizado para os antígenos MUC1, MUC2, MUC4, MUC5AC e MUC6 e para a oncoproteína HER2. Hibridização in situ por fluorescência (FISH) foi conduzida para avaliar a presença da amplificação do gene HER2/c-erbB-2. RESULTADOS: A distribuição dos casos revelou 38 CCCs (68%), quatro CLCs (7%), nove CaCIs (16%), um CCC-CLC (2%) e quatro variantes raras (7%). Foram 33 homens (59%) e 23 mulheres (41%), com idade média de 56,3 anos. Apenas dois de 38 CCCs (5,2%), mas dois de quatro CLCs (50%) e oito de nove CaCIs (88,8%) tinham mais de 40 mm. Todos os quatro CLCs e seis dos nove CaCIs (66,6%) eram intrahepáticos, enquanto 22 dos 38 CCCs (57,9%) estavam localizados na região hilar e 16 eram extra-hepáticos (42,2%). O padrão macroscópico mostrou 34 dos 38 CCCs com padrão infiltrativo periductal (89,5%). Todos os CLCs e CaCIs exibiram padrão de formação de massa. Quanto ao grau de diferenciação tumoral, 33 casos foram bem (58,9%), 19 moderadamente (33,9%), três poucos diferenciados (5,4%) e um indiferenciado (1,8%). Doença hepática subjacente foi avaliada em 41 casos. Detectou-se hepatolitíase em quatro (7,1%), malformação da placa ductal em 14 (25%) e colangite crônica em 27 casos (48,2%). Todos os CCCs foram positivos para MUC1 e muitos deles foram positivos para MUC5AC (92,1%), MUC4 (63,2%) e MUC6 (76,3%), enquanto uma minoria foi positiva para MUC2 (23,7%). A maioria dos CLCs foi positiva para MUC1 (75%) e todos CLCs foram negativos para MUC2, MUC5AC e MUC6. A maioria dos CaCIs foi positiva para MUC1 (77,8%) e MUC6 (55,6%) e apenas alguns casos foram positivos para MUC4 (22,2%), MUC2 (11,1%) e MUC5AC (11,1%). De acordo com o protocolo para carcinoma mamário invasivo, dois casos foram positivos (3+) para imunoexpressão de HER2, com 36 casos negativos (escores 0 e 1+) e 18 duvidosos (2+); com protocolo de carcinoma gástrico invasivo, seis casos foram positivos, 17 negativos e 33 duvidosos. A análise da amplificação do HER2/c-erbB-2 pelo FISH revelou 41 casos negativos (73,2%), sete positivos (12,5%) e oito inconclusivos (14,3%). A acurácia dos testes imuno histoquímicos foi comparada com o FISH sendo o protocolo proposto para carcinoma gástrico superior ao do carcinoma mamário. CONCLUSÕES: Os subtipos histológicos de CCs possuem diferentes características e perfil de imunoexpressão das mucinas. A frequência de amplificação do oncogene HER2/c-erbB-2 foi relativamente alta nesse câncer e o melhor protocolo imunohistoquímico a ser usado na investigação inicial é o aplicado em carcinoma gástrico invasivo. Esses aspectos devem ser considerados nas abordagens diagnóstica e terapêutica desses tumores |