Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Barcellos, Marcília Elis |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/81/81131/tde-15052013-104838/
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Resumo: |
A formação de professores está presente entre as questões mais atuais da pesquisa em educação e em muitos dos discursos que balizam as políticas públicas. Documentos oficiais, como as diretrizes para a formação de professores da Educação Básica, de 2002, sinalizam necessidades de mudanças na formação inicial, especialmente no que diz respeito à superação de fragmentações. Isso significa, no caso específico da física, que, por exemplo, a formação inicial não pode se reduzir à superposição do aprender física com o aprender a ser professor. Diante desse quadro, buscamos investigar qual é o papel dos saberes de física na formação do professor, que espaços e formas esse saber ocupa nos currículos dos cursos de licenciatura e quais relações se estabelecem entre esses e os outros saberes presentes na formação inicial. Para isso, utilizamos referenciais teóricos da área de formação de professores e de teorias de currículo. Delimitamos três âmbitos de investigação, ainda que interdependentes: (i) políticas públicas gerais, (ii) resultados de pesquisas em ensino de ciências, expressão da comunidade de pesquisa da área, além dos (iii) espaços de concretização das práticas, referente aos cursos de licenciatura propriamente ditos. Para tanto, pesquisamos documentos oficiais e obras de cunho histórico sobre a formação de professores e a escola básica no Brasil; analisamos artigos presentes nas atas de eventos da área de ensino de ciências; investigamos cursos de licenciatura e mudanças curriculares, com atenção especial ao estudo em caso de um curso específico de licenciatura em física. Em todos esses momentos, procuramos caracterizar quais saberes específicos de física e quais saberes pedagógicos estavam sendo considerados, além de qual articulação entre esses saberes estava sendo proposta. Na maior parte do material analisado, constatamos que os saberes de física estão fortemente naturalizados. Isso significa que, a despeito das sinalizações de mudanças mais recentes, os saberes de física presentes nos cursos de licenciatura não têm sido alvo de questionamentos, problematizações ou propostas expressivas de modificações. São considerados como decorrentes de certa lógica interna da ciência, já instaurada nos cursos superiores de física. Nossos resultados sinalizam que sem tais reflexões, em que as questões das finalidades formativas ganhem destaque, será muito difícil superar a dicotomia entre saberes. No entanto, no caso específico analisado, há indícios positivos, apontando possibilidades de inovação. A partir dos resultados obtidos, defendemos que se faz urgente a rediscussão dos saberes de física na formação inicial em suas formas, espaços, objetivos e valores. |