Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Sposito, Marcel Bellato |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-19042004-133413/
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Resumo: |
A mancha preta dos citros (MPC), incitada pelo fungo Guignardia citricarpa, causa lesões em frutos depreciando-os para a comercialização no mercado interno de fruta fresca, restringindo-os para a exportação e pode causar queda prematura. Para auxiliar nos estudos epidemiológicos, foi desenvolvida uma escala diagramática para a severidade da MPC que contempla os dois tipos de sintomas usualmente observados no campo, "mancha dura", cujos valores variam entre 0,5 e 49,0%, e "falsa melanose", cujos valores variam entre 1,1 e 68%. O grau de suscetibilidade das variedades cítricas Hamlin, Pera e Valência à MPC foi avaliado em pomar comercial, sob infecção natural. O modelo monomolecular ajustou-se às curvas de progresso da incidência e da severidade da doença para as três variedades. Não houve diferença estatística significativa entre as taxas de progresso da MPC, concluindo-se que as três variedades possuem o mesmo grau de suscetibilidade à doença. O agente causal da MPC em sua fase epidêmica forma ascósporos e conídios. Os ascósporos, formados em folhas em decomposição no solo, são disseminados a curtas e longas distâncias pela ação do vento. Os conídios, formados em ramos e frutos fixados à planta, são disseminados a curtas distâncias pela ação da água. O padrão de distribuição espacial de plantas com MPC foi avaliado pelo índice de dispersão e pela função K de Ripley. As plantas doentes mostraram-se agregadas independentemente da incidência da doença, indicando elevada importância da dispersão do inóculo a curtas distâncias. Avaliou-se, também, o padrão de distribuição de frutos sintomáticos dentro da planta, pelo índice de dispersão e pela forma binária da lei de Taylor. Pelo índice de dispersão 84% das plantas avaliadas mostraram agregação de frutos sintomáticos. Pela lei de Taylor concluiu-se que a agregação de frutos sintomáticos independe da incidência da doença na planta, sugerindo a participação dos conídios no incremento da doença em condições de campo. Estudou-se o efeito da supressão de ascósporos, pela retirada periódica de folhas cítricas em decomposição do campo e o de conídios, pela colheita antecipada de frutos de maturação tardia, na intensidade da MPC, por dois anos, em área com alta pressão de inóculo. Esses tratamentos reduziram a severidade da doença, no segundo ano de avaliação, entretanto não foram suficientes para controlá-la adequadamente. Estas medidas de sanitização são importantes no controle da MPC, devendo ser adotadas em conjunto com o controle químico. Danos causados pela redução na produtividade e perdas medidas pelo retorno financeiro foram avaliados em dois experimentos. Tratamentos cujo incremento na produção por hectare que, em comparação com a isenção de tratamento, excederam 100 caixas de 40,8 kg, foram rentáveis. A amostragem de áreas para diagnosticar a presença da MPC depende da finalidade da produção. Em áreas para exportação e mercado interno de fruta fresca deve-se avaliar todas as plant as do talhão, uma vez que esta doença é quarentenária e causa danos qualitativos. Em áreas para a indústria de suco cítrico concentrado, 285 plantas são suficientes para amostrar incidências superiores a 15% de MPC, em pomares médios de 2200 plantas. |