Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Pinheiro, Carina Ferreira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17152/tde-01022019-102741/
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Resumo: |
Objetivos: Verificar a relação entre a incapacidade relacionada aos sintomas vestibulares e a presença de aura e cronicidade da migrânea. Além disso, investigar a sensibilidade visual em indivíduos com migrânea e sem cefaleia, bem como o controle de equilíbrio postural perante estimulação luminosa. Métodos: mulheres com migrânea e mulheres sem cefaleia foram avaliadas nos estudos apresentados nesta tese. Inicialmente, as mulheres com migrânea foram estratificadas em migrânea com aura, migrânea sem aura e migrânea crônica. Informações sobre sintomas vestibulares foram coletadas e a autopercepção de incapacidade relacionada aos sintomas vestibulares foi avaliada por meio do questionário Dizziness Handicap Inventory. Posteriormente, os grupos migrânea e controle foram avaliados nas posturas bipodal e unipodal sob três condições de luz: (1) ambiente, (2) limiar de desconforto visual e (3) desconforto visual intenso, para analisar variáveis do centro de pressão (CoP). Ambas as condições de desconforto visual foram determinadas com base no relato de desconforto dos participantes do grupo migrânea. Por fim, foram coletados dados sobre a intensidade de desconforto visual durante as atividades diárias. Resultados: Os pacientes com migrânea apresentaram maiores escores do Dizziness Handicap Inventory do que os controles, e a presença de enxaqueca está associada a um maior risco de sintomas vestibulares, bem como a um maior risco de incapacidade moderada a grave. Considerando os subtipos de migrânea, os grupos com aura e migrânea crônica apresentaram pontuações mais elevadas no questionário do que o grupo migrânea sem aura. Ainda, a aura, a intensidade e a frequência da migrânea podem predizer a incapacidade da tontura. Na análise do desconforto visual, o grupo com enxaqueca relatou limiar de desconforto visual de 450 lux e desconforto visual intenso a 2000 lux, enquanto os controles não relataram desconforto visual. O grupo migrânea também apresentou maior intensidade de desconforto para realizar as atividades diárias, principalmente para dirigir e caminhar em dias ensolarados. Na análise estabilométrica, os indivíduos com migrânea apresentaram maior área do centro de pressão (CoP) nas três condições, e maior velocidade e RMS do CoP sob as duas condições de desconforto visual, quando comparados aos controles. Apenas o grupo migrânea apresentou maior área, velocidade e RMS do CoP para ambas as condições de desconforto visual em comparação com a condição ambiente. Conclusões: A prevalência de sintomas vestibulares é maior na migrânea, particularmente nos subtipos com aura e crônica, juntamente com umamaior incapacidade relacionada a esses sintomas. Ademais, também podemos assumir que os pacientes com migrânea apresentam sensibilidade visual durante o período interictal, e o desconforto induzido pela luz pode ser um fator perturbador que piora o equilíbrio, mesmo durante a postura em pé. |