Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Silva, Patricia Antunes Serieiro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-27022020-144634/
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Resumo: |
Os estudos sobre a repressão anti-herética têm privilegiado, sobretudo, as fontes normativas e judiciárias. No entanto, existe outra categoria de documentos, até o momento, ainda pouco estudada, mas que desempenhou uma função bastante importante ao dar legitimidade escriturística e patrística à pena capital dos hereges: os tratados de refutação das heresias. Esta tese analisa a concepção de perseguição e de vindicta contra os hereges, em particular, a punição com a morte, no opúsculo anti-herético do frei Moneta de Cremona, à luz dos argumentos bíblicos e patrísticos, bem como dos métodos heresiológicos, no contexto de nascimento da Inquisição. A pesquisa mostrou que o polemista dominicano deu continuidade à tradição polêmica sobre o tema, de base principalmente agostiniana, oferecendo, por sua formação como pregador, uma exegese mais ampla e sistematizada a favor da pena de morte dos hereges e dos demais malfeitores. Concluiu-se que a defesa da vindicta contra os hereges foi um assunto relevante na pregação anti-herética nos primeiros anos do ofício inquisitorial, porque, por meio de modelos, imagens e episódios bíblicos, reforçava-se o caráter lícito das medidas repressivas e punitivas que poderiam recorrer os agentes eclesiásticos com a colaboração das autoridades seculares. |