Concentrações fisiológicas de corpos cetônicos não induzem browning em adipócitos/tecido adiposo: estudos in vitro e in vivo.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Caminhotto, Rennan de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42137/tde-25032019-110820/
Resumo: Em animais, dietas cetogênicas induzem o Browning de tecidos adiposos brancos, fenômeno caracterizado pelo de aumento de adipócitos capazes de expressar a proteína desacopladora 1 (UCP1) e outros marcadores de gordura marrom em meio a gordura branca. Estudo anterior demonstrou que o β-hidroxibutirato (βHB), principal corpo cetônico, aumenta marcadores do processo de browning em adipócitos brancos (in vitro) após 24 horas de incubação. No entanto, as doses testadas foram suprafisiológicas (50 mM) ou apenas encontradas durante a cetoacidose (25 mM). As dietas cetogênicas aumentam a cetonemia em torno de 1-3 mM. O jejum prolongado pode aumentá-lo para 4-7 mM. Uma vez que poderia ser provocada in vivo através de intervenções dietéticas, estudamos o impacto de concentrações fisiológicas de βHB no metabolismo e marcadores de Browning em adipócitos brancos / tecido adiposo em diferentes modelos: adipócitos isolados de ratos Wistar, células 3T3 -L1 e in vivo, através da suplementação de sais de βHB em ratos Wistar. Demostramos que o βHB: não induz o aparecimento diferentes marcadores de Browning (tais como o incremento: da capacidade oxidativa, da atividade de citrato sintase e de genes relacionados ao Browning) em adipócitos isolados após 24 ou 48 horas de tratamento; não exerce efeito permissivo no browning induzido por agonismo β-adrenérgico. Além disso, os adipócitos 3T3-L1 diferenciados com βHB (4mM) tiveram diminuição de 52% na expressão de Ucp1, resultado que foi reproduzido no tecido adiposo inguinal subcutâneo de ratos Wistar após a ingestão de sais DL- βHB, onde a expressão gênica de Ucp1 foi indetectável. Em conclusão, embora as causas de browning do tecido adiposo branco induzido por dietas cetogênicas permaneçam inconclusivas, nosso estudo demonstra a incapacidade de, em concentrações fisiológicas, os corpos cetônicos serem, por si, responsáveis por esse fenômeno. Pelo contrário, em algumas situações, o βHB pode prejudicar a expressão da Ucp1.