Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Araújo, Jéssica Morais |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17165/tde-28012022-112720/
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Resumo: |
Primeiro episódio psicótico é uma condição que acomete principalmente adultos jovens e pode decorrer de inúmeros fatores etiológicos. Os serviços de Psiquiatria de Cuidados Agudos e Intervenção Precoce do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto -Universidade de São Paulo (HCFMRP-USP) adotam um protocolo para diagnóstico diferencial de primeiro episódio psicótico (PEP), desenvolvido há cerca de 10 anos por sua equipe médica, baseado nas evidências científicas disponíveis. No protocolo de PEP do HCFMRP-USP são incluídos alguns exames laboratoriais de triagem, cuja principal finalidade é a exclusão de outras condições médicas e/ou uso de substâncias psicoativas. Objetivamos aprimorar a aplicabilidade clínica do protocolo e ampliar a abrangência de avaliação, através da conjugação de três eixos de análise: variáveis sociodemográficas, clínicas e laboratoriais de uma amostra de 250 pacientes atendidos no Ambulatório de Primeiro Episódio Psicótico (APEP), entre janeiro de 2015 e dezembro de 2018, associado a revisão de diretrizes internacionais e discussão em consenso de especialistas. A maioria dos pacientes com protocolo completo eram do sexo masculino (69,1%; X2 = 5,762, p = 0,002). Há um predomínio de transtorno psicótico primário, notadamente aqueles que estão no espectro da esquizofrenia (43,4%; Fisher = 15,593; p = 0.007), seguido da psicose associada ao uso de substâncias psicoativas como hipótese diagnóstica inicial. Os exames toxicológicos documentam alta prevalência do uso de cannabis entre os pacientes (19,4%). A adesão ao protocolo de exames é parcial e parece ser influenciada por variáveis clínicas e sociodemográficas. A revisão de quatro diretrizes internacionais recentes destaca a necessidade de uma avaliação ampla que englobe, principalmente, o estilo de vida e estado metabólico do paciente, pois há evidências crescentes da alta taxa de mortalidade por causas cardiovasculares nessa população. O estudo possibilitou a construção de um protocolo que dá maior importância à avaliação clínica e anamnese, o que condiciona a solicitação de propedêutica complementar, tanto laboratorial quando de imagem, para casos específicos, conforme julgamento clínico. As principais mudanças, além das citadas, envolvem maior racionalidade na solicitação do exame toxicológico e tomografia computadorizada de crânio. |