Indicadores para o transtorno do processamento auditivo em pré-escolares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Vilela, Nadia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-18112016-124448/
Resumo: Introdução: O sistema auditivo envolve uma formação em rede e se relaciona com outros sistemas como o da linguagem. O Processamento Auditivo Central (PAC) envolve as habilidades auditivas necessárias para a interpretação dos sons que ouvimos. Atualmente, só é possível detectar uma alteração de PAC a partir dos 7 anos de idade. Por outro lado, sabe-se que nesta idade, a criança já está em processo de alfabetização e que a alteração de PAC pode dificultar seu aprendizado. Objetivos: Investigar se o desempenho em provas auditivas realizadas em crianças aos cinco anos de idade apresenta correspondência com o desempenho alcançado aos sete anos. Método: Em dois momentos distintos, foram realizadas avaliações auditivas e do PAC em 36 crianças. Foi realizada audiometria nas oitavas de frequência entre 0,25 a 8,0 KHz, imitanciometria, avaliação eletroacústica com captação das emissões otoacústicas por estímulos transientes e avaliação do efeito inibitório da via eferente. Os testes para avaliar o PAC foram: Localização Sonora, teste de Memória Sequencial Verbal e Não-verbal, teste \'Pediatric Speech Intelligibility\', teste de Identificação de Figuras com ruído de fundo, teste Dicótico de Dígitos e o teste \'Random Gap Detection\'. As crianças também realizaram o Teste de Vocabulário por Figuras USP. À primeira avaliação, a faixa etária variou entre 5:2 e 6:1 meses e à segunda avaliação entre 7:1 e 7:8 meses. O intervalo entre as avaliações I e II variou entre 18 e 23 meses. A partir dos resultados alcançados nos testes do PAC à segunda avaliação, as crianças foram classificadas em três grupos: G I: 10 crianças com alteração de PAC e queixa de fala; G II: 18 crianças com alteração de PAC; e G III: 8 crianças com o PAC normal. Esta classificação foi mantida retrospectivamente para a avaliação I. Nos testes de hipótese foi fixado nível de significância de 0,05. Resultados: A comparação entre as avaliações mostra que já na primeira avaliação é possível identificar risco para a alteração de PAC. Foi estabelecida uma função discriminante que classificou corretamente as crianças com alteração de PAC à primeira avaliação em 77,8% no G I, 66,7% no G II e 87,5% no G III. Conclusão: Crianças que apresentam alteração do PAC aos 7 anos já demonstraram indicadores de alteração aos 5 anos de idade