Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Silva, Eleonora Csipai da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-14082018-124857/
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Resumo: |
Introdução: Zumbido é um sintoma de alterações nas vias auditivas com etiologia variada. Muitos pacientes com perda auditiva possuem zumbido e um dos tratamentos é o uso dos aparelhos auditivos. Os aparelhos auditivos amplificam os sons externos e os pacientes passam a perceber melhor os sons do ambiente, diminuindo a percepção do zumbido e proporcionando melhora na entrada do som por meio do enriquecimento sonoro. Contudo, é visto na literatura que alguns pacientes não observam a diminuição do incômodo e da percepção do zumbido ao utilizar os aparelhos auditivos. O estudo da audição periférica nestes pacientes poderia fornecer informações sobre fatores que dificultam a redução da percepção do zumbido com o uso de aparelhos auditivos. Objetivo: Avaliar as características audiológicas de pacientes com zumbido e perda de audição e verificar se há diferenças entre o grupo que obteve redução na percepção do zumbido com o uso de aparelhos auditivos e o grupo que não obteve o mesmo benefício. Método: Foram avaliados 29 sujeitos, divididos em dois Grupos, sendo Grupo I (GI) composto por 20 sujeitos que observaram melhora na percepção do zumbido após dois meses de uso dos aparelhos auditivos, e o Grupo II (GII) composto por nove, que não observaram melhora na percepção do zumbido. A pontuação na Escala Visual Analógica (EVA) determinou a divisão dos grupos. Foram aplicados: questionários para avaliar o incômodo do zumbido (Tinnitus Handicap Inventory -THI) e a melhora da percepção auditiva (Hearing Handicap Inventory Elderly Screening Version- HHIE-S); avaliações audiológicas (audiometria de via área e óssea, índice de reconhecimento de fala, identificação do limiar diferencial de intensidade índice, emissões otoacústicas), testes de processamento auditivo temporal (Gaps-in-Noise-GIN, Teste de Detecção de Intervalo Aleatório-RGDT, testes Padrão de Frequência e Duração -TPF e TPD respectivamente) e medidas psicoacústicas do zumbido (pitch, loudness e Limiar Mínimo de Mascaramento - MML) antes da adaptação dos aparelhos auditivos e após dois meses de uso dos aparelhos auditivos. Os sujeitos tinham entre 28 e 68 anos (média 55 anos) de ambos os sexos, e usaram aparelhos auditivos da mesma marca, com as regulagens adequadas para cada sujeito. Resultados: Não houve diferença significativa entre os grupos nos testes audiológicos aplicados. Nos testes auditivos temporais, a porcentagem de acerto do Grupo I foi superior ao Grupo II, com tendência à significância estatística no TPF. Foi observada diferença estatística nos questionários THI, HHIE-S no GI e GII após o uso dos aparelhos, diminuindo a pontuação. Com relação às medidas psicoacústicas, houve diferença estatística significante entre o Loudness e MML iniciais e finais do GI e diferença entre os grupos no loudness e no MML final. Conclusão: As caraterísticas audiológicas avaliadas não foram suficientes para indicar se o paciente com perda de audição se beneficiaria com a diminuição na percepção do zumbido com dois meses de uso de aparelhos auditivos. Indivíduos com desempenho pobre no TPF tem tendência a não reduzir a percepção do zumbido com o uso de aparelhos auditivos. O presente estudo aponta para a necessidade de investigar outras características que podem estar associadas à dificuldade na redução na percepção do zumbido com o uso de aparelhos auditivos |