A economia do crime organizado e mercados ilícitos no Brasil: um estudo de caso sobre o Primeiro Comando da Capital

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Cortes, Thiago Uchoa Uhli
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/101/101131/tde-22032021-090938/
Resumo: Esta dissertação tem por objetivo analisar qualitativamente como o comportamento geral das organizações criminosas são moldadas pelos incentivos presentes nos mercados ilícitos nos quais atuam. Combinada às estatísticas gerais de crime e aos materiais secundários, a avaliação empírica se constrói com base nas evidências produzidas pelo Sistema de Justiça Criminal a partir de casos judiciais em desfavor de policiais corruptos e criminosos organizados. Baseado nas Teorias Econômicas do Crime Organizado, propõe-se estudar o crime organizado como firma ilícita produtora e reguladora de proteção privada em áreas onde a presença estatal, via suas instituições, é ausente, fraca ou incompleta. Para isso, apresenta-se um estudo de caso sobre a organização criminosa auto intitulada Primeiro Comando da Capital, a fim de analisar descritivamente como seu comportamento geral é moldado pelos mercados ilícitos que atua, nominalmente o tráfico de drogas ilícitas no Estado de São Paulo entre 2011 e 2019, e como promove seu negócio de proteção, para encontrar a demanda de diversas outras firmas ilícitas e indivíduos que atuam na ilegalidade, mas que são incapazes de se auto protegerem dos riscos associados às suas atividades ilegais.