Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Zaccara, Tatiana Assunção |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-08082023-165429/
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Resumo: |
Reconhecendo o impacto que a hiperglicemia na gestação pode ter sobre a paciente e seu feto e também sobre o sistema de saúde e que diferentes níveis de hiperglicemia levam a diferentes consequências, objetivamos comparar as pacientes que atingiram os níveis glicêmicos diagnósticos para diabetes mellitus gestacional ou diabetes na gestação, de acordo com os critérios propostos pela Organização Mundial da Saúde, baseados no teste de tolerância oral à glicose de 75 gramas. Esta coorte retrospectiva incluiu 1064 gestantes seguidas na Unidade de Diabetes Gestacional do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. As pacientes foram classificadas como grupo \"diabetes mellitus gestacional\" (DMG) ou grupo \"diabetes in pregnancy\" (DIP) de acordo com os resultados de seu teste oral de tolerância à glicose. Os prontuários eletrônicos foram revisados para a obtenção de dados clínicos e laboratoriais de todas as pacientes. Mulheres do grupo DIP apresentaram maior índice de massa corpórea (30,5 vs 28,1 kg/m2, odds ratio [OR] 1,07, intervalo de confiança (IC) de 95% 1,021,11), mais frequentemente tinham história de diabetes gestacional prévio (25% vs. 11%, OR 2,71, IC 95% 1,176,27), e mais frequentemente apresentavam hipertensão arterial sistêmica (43,1% vs. 23,5%, OR 2,46, IC 95% 1,474,11), gestação gemelar no momento do estudo (10,8% vs. 2,9%, OR 4,04, IC 95% 1,709,61), e necessidade de insulina para tratamento da hiperglicemia (46,1% vs. 14,3%, OR 5,14, IC 95% 3,068,65) do que as gestantes do grupo DMG. Pacientes do grupo DIP também tiveram mais frequentemente recém-nascidos grandes para a idade gestacional (12,3% vs. 5,1%, OR 2,78, IC 95% 1,236,27) e resultado alterado no teste oral de tolerância à glicose puerperal (45,9% vs. 12,6%, OR 5,91, IC 95% 2,9311,90) em comparação com o grupo DMG. Não obstante, mais de metade das mulheres do grupo DIP apresentaram teste puerperal normal. Diabetes na gestação está associado a aumento na frequência de desfechos perinatais adversos, mas não significa manutenção do diagnóstico de hiperglicemia após a gravidez. É preciso identificar e oferecer acompanhamento frequente e criterioso a essas mulheres durante e após a gestação |