Determinação das concentrações anestésicas mínimas do isofluorano e sevofluorano em piguins-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus) e avaliação dessas anestesias sob diferentes frações inspiradas de oxigênio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva, André Nicolai Elias da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74135/tde-21112017-110909/
Resumo: O pinguim-de-Magalhães é a espécie de pinguim mais presente em águas jurisdicionais brasileiras e frequente na clínica de animais marinhos, vítimas de desorientação, da poluição, da pesca e outras ações antrópicas. Com o estudo objetivou-se estabelecer as concentrações anestésicas mínimas (CAM) do isofluorano e sevofluorano em pinguins-de-Magalhães e posteriormente avaliá-las sob a influência de diferentes frações inspiradas de O2 (FiO2). Foram utilizados 20 animais adultos, saudáveis e sem distinção quanto ao sexo. Durante a primeira etapa, focou-se no estabelecimento da CAM para ambos os anestésicos. Os animais foram inicialmente submetidos à contenção física e sequencialmente induzidos a anestesia com auxílio de máscara facial, seguindo-se a intubação traqueal, após adequada indução e posterior manutenção sob ventilação controlada, para ambos os halogenados. A determinação da CAM foi realizada de acordo com o delineamento \"up-and-down\". Desta forma, cada animal foi exposto uma única vez a uma concentração anestésica pré-determinada, por um período de 15 minutos, seguido da aplicação de um estímulo elétrico. De acordo com a resposta obtida, o próximo animal foi submetido a uma fração aumentada em 0,1 (resposta positiva) ou reduzida em 0,1 (resposta negativa). Para realização da segunda etapa, 12 animais foram distribuídos entre os grupos isofluorano e sevofluorano, com seis indivíduos em cada um. Todos os animais foram anestesiados e mantidos com 1 CAM de cada halogenado, obtido na primeira etapa, sendo ambos os agentes anestésicos diluídos em frações de 1,0, 0,6, 0,4 e 0,2 de O2. As aves foram mantidas sob anestesia por 80 minutos, sendo que a cada 20 minutos era alterada a fração de O2, por sorteio, seguindo-se um modelo de quadrado latino. Foram monitorados durante a anestesia FC, FR, PAS, PAM, PAD, temperatura, pH, HCO3-, PaO2 e PaCO2 e eletrólitos (Na+ e K+). Os valores de CAM para isofluorano e sevofluorano foram de 1,91 V% e 3,53 V% respectivamente. Diante dos resultados obtidos conclui-se que as FiO2 de 1,0, 0,6 e 0,4 mostram-se seguras para pinguins-de-Magalhães anestesiados com 1 CAM de isofluorano ou sevofluorano mantidos sob ventilação controlada.