Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Raiter, Jacqueline |
Orientador(a): |
Sonne, Luciana |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/242211
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Resumo: |
Os pinguins são aves marinhas com comportamento pelágico que atualmente possuem um total de 18 espécies reconhecidas. Dentre essas espécies, o pinguim-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus) é a que ocorre com maior frequência no litoral brasileiro. Essas aves comumente são indivíduos jovens em seu primeiro ano de vida. Este estudo teve como objetivo descrever as causas de mortalidade e os achados patológicos em pinguins-de-Magalhães no sul do Brasil. Entre janeiro de 2011 a dezembro de 2021 foram analisados os registros de 164 pinguins-de-Magalhães recebidos para necropsia no Setor de Patologia Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, dos quais 41,5% (68/164) eram de vida livre, 38,4% (63/164) em reabilitação, 14,6% (24/164) cativos, 4,9% (8/164) em reabilitação por tempo indeterminado e 0,6% (1/164) de origem desconhecida. Cento e vinte e sete (77,4%) dos casos analisados tiveram diagnósticos conclusivos e 37 (22,6%) casos foram inconclusivos. Dos casos conclusivos, doenças não-infecciosas foram a causa de morte mais frequente (104/164; 63,4%), seguido de doenças infeciosas/inflamatórias (23/164; 14,0%). Dentro das causas não-infeciosas, o diagnóstico mais frequente foi inanição (49/104; 47,1%), seguido de suspeita de afogamento (27/104; 26,0%), hipotermia (25/104; 24,0%), trauma (2/104; 1,9%) e obstrução intestinal (1/104; 1,0%). Para as causas infecciosas/inflamatórias, os diagnósticos mais frequentes foram malária aviária (9/23; 39,1%), aspergilose (6/23; 26,0%), outras infecções fúngicas (4/23; 17,4%), infecção bacteriana (2/23; 8,7%), meningoencefalite protozoária (1/23; 4,4%) e aerossaculite granulomatosa de origem desconhecida (1/23; 4,4%). Grande parte dos pinguins apresentavam lesões secundárias não relacionadas à causa da morte, incluindo parasitose gastrointestinal [nematodíase (133/164; 81,1%), cestodíase (47/164; 28,7%) e trematodíase (25/164; 15,2%)], lesões cutâneas [abrasão, eritema, ulceração e laceração (19/164; 11,6%) e pododermatite (9/164; 5,5%)] e edema pulmonar (13/164; 7.9%). Os resultados obtidos são importantes para a avaliação da mortalidade de pinguins-de-Magalhães em vida livre e mantidos sob cuidados humanos, uma vez que auxiliam na compreensão dos processos patológicos que afetam a espécie. |