Poder discriminatório de medidas faciais fotoantropométricas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Flores, Marta Regina Pinheiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23153/tde-28112019-120842/
Resumo: Distinguir indivíduos por sua aparência facial é uma tarefa desafiadora para as ciências forenses, particularmente nos exames de Identificação Facial Forense (FFI). A fim de fundamentar conclusões nesses casos, esta tese tem como objetivo avaliar a freqüência e o poder discriminatório de medidas faciais fotoantropométricas obtidas de indivíduos não relacionados e de gêmeos idênticos (monozigóticos, univitelinos ou MZT). Para tanto, esta tese foi estruturada na forma de três capítulos. O primeiro capítulo tem como objetivo avaliar a frequência de 211 distâncias Euclidianas (ED) na população brasileira, de ambos os sexos e de grupos etários distintos (20, 30, 40, 50 e acima de 60 anos), utilizando uma metodologia métrica de avaliação das estruturas faciais em imagens frontais bidimensionais (2D) (fotoantropometria facial - FPA). No intuito de selecionar medidas com maior potencial de discriminação, um método de regressão logística foi aplicado assim como a avaliação de erro interexaminadores. De forma geral, potencial discriminatório foi observado para 16 EDs. Essas medidas foram utilizadas para o estabelecimento de 20 índices (IN) e 21 ângulos (AN) faciais e seu poder discriminatório foi verificado no segundo estudo por meio da análise de 920 imagens de indivíduos de ambos os sexos e de oito faixas etárias distintas (5, 15, 20, 30, 40, 50, 60 e acima de 70 anos de idade). A análise consistiu em achar valores duplicados considerando três fontes de variabilidade: interindivíduo (ER), intraindivíduo (RA) quando analisado pelo mesmo examinador (RAA), e intraindivíduo quando analisado por diferentes examinadores (RAE). Como resultado, pode-se observar que 15 ED ou 20 IN foram necessários para alcançar uma probabilidade de menos de um indivíduo com medidas duplicadas em uma população de um milhão (106). A mesma probabilidade foi alcançada quando 18 ANs foram utilizados somente nas idades de 5, 15, 50, 60 e 70 anos. O último capítulo consistiu em avaliar a capacidade dessas medidas em distinguir um grupo populacional cujas características faciais são extremamente similares, ou seja, MZT. Para isso, análise de duplicadas foram realizadas entre e dentre pares de MZT considerando intervalos de confiança intraindivíduo. Como resultado, pode-se observar padrões diferentes de discriminação das medidas faciais quando MZT foram comparados com indivíduos não correlatos. Podendo-se concluir que medidas faciais fotoantropométricas são capazes de discriminar indivíduos, inclusive MZT.