Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Galan, Douglas Vinicius |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27161/tde-25022021-100102/
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Resumo: |
A presente tese tem como parte significativa um filme realizado, originado a partir de hipóteses de pesquisa e tido como um método e resultado de estudo. Cyber roças (2019) é um documentário de longa-metragem que retrata atividades ligadas a hortas urbanas comunitárias. Sua composição divide com as análises aqui presentes o caráter deste trabalho. Nesta tese, o filme é tomado como consequência do objetivo de pesquisa em realizar produções audiovisuais e explorar registros midiáticos específicos, capazes de apresentar a constituição de uma atividade emergente em centros metropolitanos na atualidade, classificada como agricultura urbana, tornada objeto de análise do trabalho. Buscou-se essencialmente pela produção do filme documentário, que esteve apoiado em métodos etnográficos de abordagem junto aos espaços destinados a essa prática na cidade de São Paulo, constituir dados que pudessem apresentar toda a heterogeneidade do texto de cultura especialmente formulado pelo corpus de pesquisa composto por hortas urbanas situadas num determinado território circunscrito e acessado, que abrange localidades específicas presentes na maioria das macrorregiões da capital do estado. As hipóteses desta tese transitam por diferentes campos, tratando de questões como o aparecimento de demandas empíricas que propõem novos modelos de produção de alimentos; a ampliação do espaço físico de cultivo através de meios eletrônicos e digitais, alcançando o que reconhecemos no percurso deste estudo como \"agricultura digital\"; a reconstituição das noções sobre espaço geográfico, expandindo conceitos como o de fronteira; a formação de uma nova concepção de \"bios\", onde o humano se coloca em uma inédita e ecológica rede de associações; bem como as variadas reorganizações culturais e sociais vinculadas ao contexto do surgimento da agricultura urbana pública e coletiva. Com apoio em uma metodologia constituída por teorias semióticas, sobre o cinema, novas tecnologias, comunicações, estudos geográficos e biológicos, nossas reflexões voltam-se, em especial, para as práticas agrícolas mediatizadas, participativas e colaborativas em ambiente eletrônico, tal como se apresentam nos trabalhos desenvolvidos pelo grupo em rede social intitulado \"Hortelões urbanos\", por meio do qual tomamos contato inicial com o tema agricultura urbana, e que conduz o enredo de nosso filme e, portanto, contribui com os alcances de nossa tese. Através desses meios, procuramos investigar e compreender aspectos responsivos de interação e comunicação entre distintos atores em uma semiosfera, representados especialmente nas relações plurais entre homem, máquina e natureza, procurando salientar fatores favoráveis e propositivos dessa interação. |