"Jogo patológico: análise por neuroimagem, neuropsicológica e de personalidade"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Moreira, Daniel Fuentes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5160/tde-04082005-092215/
Resumo: Há evidências de comportamentos associados à impulsividade e prejuízos de funções de lobo frontal, sobretudo das funções executivas, em jogadores patológicos. Na tentativa de melhor caracterizar o fenômeno do jogo patológico, este estudo teve por objetivo verificar a utilidade de diferentes medidas de personalidade, desempenho em testes neuropsicológicos e análise das estruturas, na discriminação entre amostras jogadores patológicos e voluntários normais. Foram avaliados, em dois estudos, 50 jogadores patológicos e 50 controles normais, pareados por sexo, idade e anos de escolaridade formal. A bateria de testes neuropsicológicos consistiu de testes clássicos e computadorizados, avaliando funções atencionais e executivas. A personalidade foi avaliada através de inventários de auto-preenchimento desenvolvidos a partir de diferentes referenciais teóricos. Os dados de neuroimagem foram obtidos através de exames de ressonância magnética e foram analisados através do método automático de morfometria baseada no voxel. As pontuações obtidas nos testes neuropsicológicos e os resultados das diferentes medidas de personalidade revelaram que jogadores patológicos apresentam disfunção executiva e exacerbação de traços impulsivos e compulsivos. Os achados de ressonância magnética indicaram menor volume do núcleo caudado à esquerda e maior volume das porções dorsolaterais do córtex pré-frontal esquerdo na amostra de jogadores em relação aos controles. Estes achados, associados à relação encontrada entre impulsividade e compulsividade com as porções posteriores e anteriores do giro cingulado, respectivamente e sub-regiões dos gânglios da base, indicam que jogadores patológicos apresentam falhas das circuitarias cerebrais implicadas na regulação do comportamento.