O superego e o ideal do ego: um destino ao romance familiar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Dallazen, Lizana
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-20012011-104732/
Resumo: A partir de observações oriundas do exercício da clínica psicanalítica busca-se, neste estudo, investigar o conceito de superego e a relação deste com o conceito de ideal do ego. Recuperar o conceito de superego significa revitalizá-lo como instância organizadora do psiquismo, a qual, como tal, abre uma importante via para a potencialidade criativa do sujeito. O ideal do ego torna-se um elemento essencial nesta proposta de investigação, na medida em que precisa ser diferenciado da instância superegóica, para alçar um estatuto metapsicológico próprio e auxiliar na compreensão do alcance da ação desta instância superegóica. Entende-se, pois, ser na articulação desses dois conceitos que reside a possibilidade de fazer um debate metapsicológico que redimensione a noção de superego, de forma a encontrar respostas para as inquietações geradas na clínica psicanalítica. A relevância dessa investigação é a de possibilitar um avanço na compreensão do enlace destes conceitos na teoria e assim evidenciá-los como recursos à clínica psicanalítica. A metodologia utilizada será uma minuciosa revisão de ambos os conceitos, realizada na obra de Sigmund Freud e de autores pós-freudianos, por meio de um modelo de desconstrução do texto. O argumento será desenvolvido pela análise de fragmentos do caso de um rapaz - vítima de uma neurose obsessiva que teve seu tratamento encerrado há alguns anos. Parte-se, então, do pressuposto de que, se houver um reequilíbrio das forças que estão em jogo nos conflitos do superego e do ideal do ego, será possível, via amor de transferência, construir caminhos para a potencialidade criativa, a qual conferirá autonomia para o sujeito no sentido de reconstrução de si mesmo